Depois de levar um vendedor de vacinas para encontrar com o diretor de logística do Ministério da Saúde num “chopp” em Brasília, o coronel Marcelo Blanco seguiu acompanhando pessoalmente as tratativas e chegou a pedir que representantes da Davati enviassem propostas diretamente a ele.
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Essa informação consta em seu email pessoal. Mensagens indicam que houve tentativa do ex-assessor da Saúde de intermediar o negócio. No depoimento à CPI da Pandemia nesta quarta-feira (4), ele negou que tivesse atuado desta forma e disse que sempre orientou os supostos vendedores de vacina a enviarem ofertas “aos e-mails institucionais” do Ministério da Saúde e de Roberto Dias, então diretor do departamento de logística da pasta.
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“Senador, voltando ao que eu já falei aqui em diversas oportunidades. Ele me pediu que queria enviar proposta, eu apenas orientei como que isso se daria: ‘Aqui estão os e-mails institucionais’. Existe, inclusive, este tipo de orientação minha para o próprio Cristiano. Eles insistiam em me copiar, via zap, de documentos, que eu sequer abria. Não me interessava aquilo dali, mas eu falei: ‘Envie para os e-mails institucionais’, disse Blanco durante a sessão da CPI. “Orientar uma pessoa a enviar documentos a um e-mail institucional, isso é facilitar tratativas?”.
Só que uma mensagem mostra o contrário. Enviada no dia 1 de março ao representante da Davati Cristiano Carvalho, Blanco pediu que documentos sobre possível venda de vacinas fossem enviados para seu email pessoal. Carvalho respondeu logo em seguida que as propostas haviam sido enviadas. Blanco então confirmou: “já vi aqui”
E no dia 9 de março um parceiro de Cristiano Carvalho insistiu nas tratativas e também enviou mais informações ao e-mail pessoal de Blanco. O vendedor Rafael Alves encaminha novo documento com a mensagem: “Ilmo Sr. Blanco, atendendo solicitação de Cristiano Carvalho, disponibilizo ao Ministério da Saúde, o FCO Astrazeneca Vacina Sars Cov-2 a pronta entrega via França. Lembrando que a Davati possui SGS já carga alocada”.
As informações são da repórter Renata Agostini na CNN Brasil.