Hoje, a embaixada do Brasil no Egito abriu suas portas para uma reunião privada com representantes de uma delegação internacional de advogados, jornalistas e ativistas dos Estados Unidos, Brasil, Reino Unido, Canadá e Países Baixos.
Após a libertação de 32 brasileiros na fronteira de Rafah, a visita da delegação teve o objetivo de solicitar à diplomacia brasileira que tome medidas adicionais e urgentes para proteger e permitir a passagem da ajuda humanitária que tenta chegar a Gaza, à beira de um colapso.
O ministro-conselheiro Bernardo Henrique Penha Brasil, e a embaixadora do Brasil na Jordânia, Claudia Vieira Santos, receberam os representantes que viajaram de diferentes partes do mundo solicitando que o Brasil se somasse, como nação, àqueles que trabalham para proteger os palestinos, especialmente os de Gaza, que estão sendo assassinados por atacado, com milhares de crianças morrendo, muitas vezes enterradas vivas sob a sujeira e os escombros.
O ministro-conselheiro contou ao DCM das extraordinárias dificuldades nas negociações diplomáticas para a liberação do brasileiros em Gaza e Cisjordânia.
Apesar de que as autoridades Egípcias se mostrassem altamente empenhadas e dispostas, o retorno em segurança dos brasileiros se viu frustrada repetidamente, enquanto as situação se fazia mais precária a cada instante.
Uma médica estará a bordo do avião da FAB, assim como apoio psicológico. “O Brasil, por meio de uma intervenção diplomática, conseguiu cumprir sua responsabilidade de proteger seus cidadãos, uma responsabilidade que os Estados Unidos e o Reino Unido tem deliberadamente se omitido”, diz Susan Abulhawa, autora americana/palestina e organizadora da delegação.
“Muitos de seus cidadão, de origem palestina, ainda aguardam na fronteira sem comida, água ou abrigo para que alguém os salve dos bombardeios arbitrários de Israel. A delegação pede ao Brasil que dê um passo a mais e intervenha de forma contundente nas negociações da passagem de ajuda humanitaria e corredores humanitários a Gaza, e no cessar fogo. E que o Brasil some sua voz de forma inequívoca para impedir o genocídio cometido por Israel”.