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Um ofício enviado na quinta-feira (3) à embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Bagley, pede que a diplomacia norte-americana abra uma investigação contra Jair Bolsonaro (PL) e sua esposa, Michelle, como também Mauro Cid Barbosa, e avalie suspenção dos vistos que permitam a entrada deles no país.
Segundo a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, a solicitação foi enviada pela Câmara dos Deputados, por iniciativa de Erika Hilton (PSOL-SP), com base nas suspeitas de fraude nos certificados de vacinação para entrada nos EUA.
No documento, a deputada afirma que é preocupante “a possibilidade das possíveis irregularidades cometidas por Bolsonaro configurarem ilícito também nos Estados Unidos”, já que quem ingressa no país, segundo a parlamentar, se submete ao risco de ser punido caso cometa fraude nos documentos apresentados para a entrada.
A mesma hipótese, levantada com base nas apurações da PF, se estende ao deputado Gutemberg Reis, do MDB no Rio; aos auxiliares bolsonaristas Max Guilherme de Moura e Sérgio Cordeiro, entre outros alvos da Operação Venire, deflagrada pela PF.
Quando entrou nos EUA no final do ano passado, Bolsonaro tinha status de presidente. Antes de deixar o país, em março, ele solicitou um visto de turista para poder permanecer por lá. Tanto ele quanto Michelle têm passaportes diplomáticos concedidos a ex-presidentes e dependentes diretos.
De acordo com o Painel, da Folha de S.Paulo, Bolsonaro disse a aliados que por ser presidente ainda naquela época, não teve a documentação da vacina exigida pelas autoridades americanas, enquanto Michelle tomou a vacina contra a Covid-19 nos EUA. Já a filha do casal, Laura, teria entrado no país com um atestado médico dizendo que não poderia tomar a vacina em razão de risco de problemas cardíacos.