Embaixador da China exige desculpas de Eduardo Bolsonaro por fake news sobre coronavírus

Atualizado em 19 de março de 2020 às 7:19

O embaixador da China no Brasil reagiu de maneira dura e correta aos ataques de fake news de Eduardo Bolsonaro a seu país.

“A parte chinesa repudia veementemente as suas palavras, e exige que as retire imediatamente e peça uma desculpa ao povo chinês. Vou protestar e manifestar a nossa indignação junto ao Itamaraty e a Câmara dos Deputados”, escreveu Yang Wanming.

Eduardo, aquele que por pouco não foi mamar em Washington, acaba de criar uma crise diplomática com os chineses sem precedentes.

Na manhã desta quarta, dia 18, o deputado filho de Jair inventou que “quem assistiu Chernobyl vai entender o q ocorreu”.

“Substitua a usina nuclear pelo coronavírus e a ditadura soviética pela chinesa + 1 vez uma ditadura preferiu esconder algo grave a expor tendo desgaste, mas q salvaria inúmeras vidas. A culpa é da China e liberdade seria a solução”, emendou.

Wanming ainda repercutiu as palavras do ativista Raull Santiago, da Anistia Brasil:

“A família Bolsonaro é o grande veneno deste país. Eles não são a representação do Brasil. Mas sugiro que siga em frente e pressione o Bozonaro mesmo, pois ele precisa responder pela quantidade de coisas absurdas que aquela boca podre tem capacidade de regurgitar”.

Também as da embaixada chinesa:

“Lamentavelmente, você é uma pessoa sem visão internacional nem senso comum, sem conhecer a China nem o mundo. Aconselhamos que não corra para ser o porta-voz dos EUA no Brasil, sob a pena de tropeçar feio”.

A China é o maior parceiro comercial do Brasil. Responde por 27,6% das exportações brasileiras, com destaque para soja, minério de ferro e petróleo.

Mandetta agradeceu ao país pelo envio do chamado equipamento de proteção individual.

“As suas palavras são um insulto maléfico”, disse Wanming.

Esse canalha precisa pagar pelo que fala. Se o Congresso é leniente com esse delinquente, os chineses não o serão.

Basta.