
O Grupo de Líderes Empresariais (Lide), empresa de eventos ligada ao ex-governador de São Paulo João Doria, informou ter custeado as despesas de cinco dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para encontro de empresários em Nova York.
Alexandre de Moraes, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski foram os magistrados que tiveram os gastos com passagens, hospedagem e refeições bancados pelo Lide, de acordo com informações do Estadão.
Em nota, a organização do evento afirmou que não pagou cachê a nenhum palestrante da Brazil Conference: “Os palestrantes da Brazil Conference viajaram a convite do Lide, que custeou passagens aéreas, hospedagem, alimentação e transfers. E não houve pagamento de cachê a nenhum expositor”.
As despesas dessa viagem, no entanto, já são alvo de uma ação no próprio STF. O advogado Carlos Alexandre Klomfahs protocolou petição por meio da qual pede informações sobre os gastos e quem bancou tudo. O STF, por sua vez, informou que a viagem não teve “nenhum custo” para o tribunal.
“Tais participações sem as respectivas prestações de contas podem abrir um precedente perigoso para cumprimento dos deveres institucionais do Supremo Tribunal Federal, violando vários princípios republicanos”, diz um trecho do pedido.
Desde que chegaram a Nova York, nos Estados Unidos, para participar do evento do Lide Brazil Conference, os ministros do Supremo Tribunal Federal são perseguidos por simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro (PL) que não aceitam o resultado da eleição presidencial.
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