
A Rivelli Alimentos foi condenada a pagar R$ 1,1 milhão em danos morais coletivos, após denúncias de assédio eleitoral ocorridas nas dependências da empresa, em Barbacena, durante a campanha eleitoral de 2022, conforme informções do G1.
O valor faz parte de um acordo judicial firmado em uma ação civil pública, movida pela Justiça do Trabalho e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Conforme informado pelo MPT, o montante será direcionado para fundos sem fins lucrativos.
A polêmica também envolveu a participação do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que teria feito um discurso na sede da empresa enquanto realizava campanha na região de Campo das Vertentes. Durante o evento, um dos diretores da Rivelli teria se manifestado ao microfone, o que reforçou as alegações de interferência política dentro da empresa.
Além da multa, a Rivelli Alimentos foi obrigada a publicar uma nota oficial esclarecendo o direito dos funcionários de escolherem seus candidatos livremente, sem qualquer interferência do empregador.
Na declaração, a empresa enfatizou que “não pode interferir na escolha de voto dos eleitores” e rejeitou qualquer conduta que possa comprometer a liberdade de consciência, expressão e orientação política dos trabalhadores.
A empresa afirmou que “a prática de assédio eleitoral é ilegal e que o empregador não deve, de forma alguma, impedir, coagir ou influenciar o voto de seus empregados, nem direcioná-los a apoiar determinado candidato”.
A nota também ressaltou que a Rivelli “não adota práticas retaliatórias, como demissões motivadas por opiniões políticas ou escolhas partidárias”, e reforçou seu compromisso de “repudiar qualquer comportamento que viole a liberdade de expressão e orientação política, alinhando-se ao Sistema Democrático de Direito”.
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