Empresária negra que foi a almoço com Bolsonaro se justifica: “Não é apoio”

Atualizado em 2 de maio de 2021 às 19:37
Flavia Bittencourt, CEO da Adidas Brasil (à esquerda) e Rachel Maia, conselheira administrativa do Grupo Soma & CVC, no almoço organizado por Jair Bolsonaro.

Na semana em que o Brasil atingiu 400 mil mortos pela covid-19, o presidente foi comemorar com almoço junto de dezenas de empresárias sem máscara. Cerca de 40 empresárias e executivas do setor de indústria e serviços se juntaram ao presidente.

A empresária Rachel Maia, conselheira administrativa do Grupo Soma & CVC, foi questionada nas redes sociais sobre sua participação no almoço, realizado sexta-feira (30), em São Paulo.

“Como foi o almoço o pior presidente da história do Brasil, quando atingimos a marca de 400 mil mortes?”, perguntou seguidor.

Em resposta, Rachel decidiu se justificar e dizer que “a participação no almoço não representa qualquer apoio ao Governo atual, mas sim um ato de reivindicação”.

Confira:

Obrigada por perguntar, assim temos a oportunidade de esclarecer. Esclarecemos que a participação de Rachel Maia no almoço orquestrado por mulheres executivas, que contou com a presença de membros do governo, bem como do Presidente da República, se deu em função de pautas objetivas e, sobretudo, a oportunidade de questioná-lo sobre questões sociais latentes.

Na ocasião, foram feitas reivindicações sobre a falta de diversidade de raça e equidade de gênero nos setores públicos e privados no governo, bem como ações efetivas para minimizar os impactos da pandemia entre as mulheres, socialmente mais impactadas com o desemprego e tripla jornada.

Acreditamos na transformação e, para efetivamente realizá-la, o diálogo sempre se fará necessário, seja no mundo corporativo ou em outros setores da sociedade.

É importante também reforçar que a participação no almoço não representa qualquer apoio ao Governo atual, mas sim um ato de reivindicação.