Empresariado argentino se joga nos braços do fascismo. Por Moisés Mendes

Atualizado em 20 de setembro de 2023 às 23:42
Javier Milei de terno e gravata, com mãos unidas e expressão séria
Javier Milei tem apoio de empresários argentinos – Reprodução

Está configurado na Argentina o fenômeno que aconteceu no Brasil em 2018, quando o empresariado de direita se jogou nos braços de Bolsonaro para o que desse e viesse.

Grandes empresários argentinos abandonaram a direita tradicional, representada pelo macrismo, e trocaram a candidatura de Patrícia Bullrich pela do fascista Javier Milei à presidência.

O jornal Página 12 fez um levantamento de nomes do empresariado que passam a trabalhar pela eleição do Bolsonaro deles, a um mês do primeiro turno, dia 22 de outubro (o segundo turno será em 19 de novembro).

Esses são alguns dos milionários argentinos, donos ou CEOs de corporações, que declaram voto em Milei, entre industriais, donos e executivos de empresas petrolíferas, construtores e pecuaristas:

Ernesto López Anadón, diretor do Instituto Argentino de Petróleo e Gás; Cristiano Rattazzi, ex-CEO da Fiat na Argentina; Sebastián Braun, do grupo de supermercados La Anónima; Nicolás Pino, pecuarista, dirigente da Sociedade Rural Argenbtina; Gonzalo Tanoira, dono da Citrícola San Miguel (maior exportadora de cítricos do mundo) e dirigente da Associação Cristã de Dirigentes de Empresas; e Eduardo Bastitta, da área da construção civil.

Alguns desses empresários estão publicamente engajados no projeto de dolarização da economia, defendido por Milei.

Eles participam de um grupo de tios do zap chamado exatamente ‘Dolarização’. É uma ideia considerada maluca, mas que tem apoio de empresários poderosos.

No dia 1º de outubro haverá o primeiro debate na TV entre Milei, Patrícia e o candidato governista do peronismo, Sergio Massa.

Publicado originalmente no Blog do Moisés Mendes

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link