Empresário bolsonarista financiou ataque a helicóptero do Ibama, diz PF

Atualizado em 24 de janeiro de 2024 às 11:45
Rodrigo Cataratas (PL) e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) concluiu, neste mês, a investigação relacionada à destruição de um veículo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em 7 de setembro de 2021.

Em 12 de setembro daquele ano, os mesmos suspeitos teriam invadido a Superintendência da Polícia Federal em Roraima e tentado incendiar um helicóptero do Ibama usado na repressão de crimes ambientais no estado.

Os atentados ocorreram em retaliação às ações de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami entre 26 de agosto e 7 de setembro de 2021.

Segundo informações da coluna Na Mira, do metrópoles, os ataques foram idealizados e receberam apoio em um grupo de aplicativo de mensagens, composto por mais de 100 integrantes. Entre os membros, constava o empresário Rodrigo Martins Mello, conhecido como Rodrigo Cataratas, que possui ao menos outras 10 passagens pela polícia e é apontado como o financiador dos atentados.

Sete suspeitos foram indiciados por envolvimento direto nos atentados e podem responder por crimes cujas penas, somadas, ultrapassam nove anos de reclusão. A PF também identificou outros seis suspeitos que teriam incitado a prática dos crimes. Nesse caso, os investigados não foram indiciados, devido ao menor potencial ofensivo dos delitos.

Empresário Rodrigo Cataratas
Rodrigo Martins Mello, conhecido como Rodrigo Cataratas. Foto: reprodução

O empresário, garimpeiro e candidato a deputado federal por Roraima, Rodrigo Cataratas (PL), de 46 anos, já foi preso em flagrante pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) por suposta compra de votos em setembro de 2022, em Boa Vista, capital do estado.

Durante a ação, foram encontrados R$ 6.136 em espécie, propagandas do candidato, uma lista com nomes de eleitores e os valores que deveriam ser pagos a cada um deles dentro de uma Toyota Hilux. Cataratas estava acompanhado de uma fotógrafa de sua campanha e de um amigo.

Rodrigo Cataratas também foi alvo da Polícia Federal em investigações que apuram o financiamento da atividade irregular em área de proteção.

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