Empresário bolsonarista que assediou Gil no Catar recebeu auxílio emergencial

Atualizado em 27 de novembro de 2022 às 19:17
Montagem de fotos de Ranier Lemache na praia e de costas, com camisa do Brasil
Ranier Lemache – Reprodução/Redes Sociais

No início da noite deste domingo (27), o senador Randolfe Rodrigues (Rede) usou sua página no Twitter pra dizer que descobriu que Ranier Felipe dos Santos Lemache, um dos integrantes do grupo bolsonarista que hostilizou Gilberto Gil no Catar, recebeu auxílio emergencial de forma ilegal.

“E adivinha só o que descobri, o vagabundo riquinho recebeu ilegalmente Auxílio Emergencial. Como costumo dizer, acuse-os do que você faz, chame-os do que você é”, escreveu o político, compartilhando uma matéria em que o empresário, de 43 anos, nega ter ofendido o cantor.

Lemache é o sujeito que aparece no vídeo que viralizou nas redes sociais com uma camisa da CBF escrito “Papito Rani” nas costas. Natural de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, ele mora atualmente na Flórida (EUA) e é sócio de diversas empresas, entre elas uma franquia da rede de pizzarias Domino’s.

No último dia 30, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial, Ranier fez uma publicação no Facebook: “O Brasil é maior que nossa divisão política. Que possamos ter paz e harmonia nos próximos anos. Deus acima de tudo. Empatia para todos”.

Porém, na quinta-feira (24), o empresário estava entre os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que atacaram Gilberto Gil e sua esposa, Flora, enquanto eles se encaminhavam ao jogo da Seleção Brasileira contra a Sérvia. Na ocasião, o artista baiano foi abordado com palavrões e gritos como “Vamo, Lei Rouanet” e “Vamo, Bolsonaro”.

“Você ajudou o Brasil para c*”, disse ainda o apoiador do candidato derrotado no pleito do dia 30 de outubro, que arrematou os xingamentos como “Obrigado, filho da puta”.

Em sua defesa, Lemache se manifestou nas redes sociais e negou ter dito todas as ofensas ouvidas no vídeo, afirmando que usou ironia ao se dirigir ao cantor. “Decerto não era o momento, tampouco o local adequado, mas, as duas únicas frases ditas por mim foram: ‘VAMOS BOLSONARO!!!’ e ‘VOCÊ AJUDOU O BRASIL PRA C…’ (essa última em evidente tom de ironia, haja vista a divergência política que, com todo respeito, não configura nenhuma ofensa)”, declarou, em trecho do pronunciamento.

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