Empresário brasileiro pede a Janja ajuda a nora presa na Rússia por canabidiol

Atualizado em 21 de setembro de 2024 às 18:41
Janja da Silva foi procurado por empresário. Foto: Reprodução

Waldemar Jezler, diretor da Câmara Brasileira de Comércio Brasil-EUA em Nova Iorque, solicitou à primeira-dama, Janja da Silva, que interceda junto ao governo de Vladimir Putin pela libertação de sua nora, Olga Leonidovna Tarasova. Condenada a dez anos de prisão por entrar na Rússia com canabidiol, Olga é russa e reside em Nova Iorque com seu marido brasileiro.

Ela foi detida no aeroporto de Moscou em junho de 2022, ao ser acusada de tráfico por portar 103 gramas de óleo de haxixe. A russa, no entanto, levava os frascos à irmã que está com câncer. A reportagem é do uol.

A família alega que a defesa demonstrou que os produtos continham apenas vestígios de THC e que não houve intenção criminosa. Apesar disso, a condenação foi mantida, e Olga passou cinco meses detida antes de receber a sentença. Recentemente, ela foi transferida para o Gulag de Kostroma, onde é obrigada a trabalhar doze horas por dia.

Na carta enviada a Janja, Haroldo Jezler, marido de Olga, expressa a angústia da família e pede que a primeira-dama busque apoio do Itamaraty e do Presidente da República. Ele enfatiza que a influência de Janja é crucial para reverter a situação, uma vez que não obteve sucesso nas tentativas de apoio das autoridades. O contato com Olga é restrito a uma carta por mês, o que agrava a preocupação familiar.

Durante uma recente agenda em Nova Iorque, Janja ouviu o relato da família sobre o caso. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, foi procurado por diplomatas para interceder, mas teria mostrado resistência em razão da relação com o governo Putin. Apesar da situação delicada, o governo Lula mantém boas relações com a Rússia, com Putin oferecendo apoio em questões como os incêndios no Brasil.

O advogado brasileiro Fernando Tibúrcio, que defende direitos humanos, também está acompanhando o caso. Até o momento, a assessoria da primeira-dama não se pronunciou sobre a situação de Olga.