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Empresários bolsonaristas que defendem golpe contra Lula apoiam homofobia e fake news

Empresários apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) que defendem golpe de Estado
Foto: Divulgação

Os empresários bolsonaristas que defenderam um golpe de Estado, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições este ano, em um grupo do WhatsApp, encaram os opositores com uma lógica de guerra, na qual seria necessário produzir fake news. As mensagens também propagam homofobia.

Segundo reportagem de Guilherme Amado, colunista do Metrópoles que conseguiu acesso ao grupo, o empresário Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono das lojas Mormaii, é o mais ativo em sugerir a disseminação de informações falsas.

“Em todas as guerras [as fake news] são de importância estratégica!!!! Eles usam direto. Nós apenas estamos olhando […] Se não precisar mentiras? Ótimo!!!! Mas se precisar para vencer a guerra é aceitável. Muito pior é perder a guerra!!!!”, disse Empresário Marco Aurélio Raymundo por mensagem.

Morongo chegou a ser confrontado por um jornalista no grupo, mas não mudou o posicionamento: “Também não apoio eticamente a mentira. Óbvio. Mas não posso no momento condenar quem usa de todas as armas para lutar contra um mal muito, muito. Muito maior!!! É GUERRA!!!!”.

Mensagens homofóbicas são compartilhadas com frequência no grupo. Uma de abril foi enviada pelo economista e criador do chat, Daniel Fuks: “Vendedor gay chama a PM [Polícia Militar] porque um cliente falou ‘querido’, e o viado (sic) queria que fosse ‘querida’, em seguida na presença dos PMs queria o flagrante porque o cliente chamou o viado de ‘cara’. Enquanto isso, morre mais um baleado por bandido numa tentativa de assalto em outro local da cidade”.

No mesmo mês, o empresário José Koury, dono do shopping Barra World, compartilhou algo do mesmo teor. “Graças ao STF [Supremo Tribunal Federal] que criou ilegalmente o crime inexistente de homofobia. Precisa eleger um congresso de grande maioria de direita e acabar com esse absurdo, enquanto isso PM tem que estudar VIADOLOGIA para ir resolvendo essas ocorrências”, disse, no grupo de empresários.

Uma vítima constante do preconceito do chat é o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB), que foi chamado de “Leite Moça gaúcha” por Paulo Perlott. Segundo a reportagem, Perlott se apresenta no Linkedin como diretor de Marketing e Vendas da Gerdau, mas a companhia diz que ele saiu da empresa há seis anos.

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Jeniffer Andrade

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