Empresários estão saindo do WhatsApp e apagando fotos no Instagram após ação da PF

Atualizado em 23 de agosto de 2022 às 11:24
Empresários estão saindo do WhatsApp e apagando fotos no Instagram após ação da PF
Empresários membros do grupo em que apoiam o golpe de Estado Foto: Reprodução

Empresários bolsonaristas estão saindo do WhatsApp e apagando fotos no Instagram após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, ordenar que a Polícia Federal faça buscas nos endereços de oito participantes do grupo que defendia golpe de Estado caso Lula saia vitorioso nas eleições. O jornalista Thomas Traumann fez a denúncia através de suas redes sociais.

“E começa a reação do PIB à decisão do Alexandre de Moraes de busca na casa dos empresários golpistas: Todo mundo saindo de grupo de whastapp e apagando fotos no insta”, escreveu ele. “Desde a prisão dos empreiteiros em dez de 2014 não se vê um movimento de fuga assim”.

“Em 2014/15, assustados com a Lava Jato, o empresariado em peso foi fazer juras ao combate à corrupção. Prevejo para as próximas semanas muita gente falando bem da democracia, do respeito aos poderes e deixando engasgada na garganta aquela vontade de gritar ‘mito'”, ironizou.

Mandados de busca e apreensão são cumpridos nas residências de Afrânio Barreira Filho, dono do grupo Coco Bambu, Ivan Wrobel, da W3 Engenharia, José Isaac Peres, dono da gigante de shoppings Multiplan, Luciano Hang, do grupo Havan, André Tissot, da Sierra Móveis, Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, da Mormaii, e Meyer Nigri, da Tecnisa.

Além da casa, o STF determinou que fossem feitas buscas também na casa de veraneio e no escritório de Hang. Os agentes da PF estão em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.

Moraes determinou o bloqueio das contas bancárias dos empresários, das contas dos empresários nas redes sociais, a tomada de depoimentos e a quebra de sigilo bancário.

Praticamente todos os integrantes do grupo fizeram ataques sistemáticos ao STF, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a quaisquer pessoas ou instituições que se oponham ao ímpeto autoritário de Jair Bolsonaro. Também houve discursos de homofobia, preconceito contra quem trabalha com pessoas em situação de rua e ódio a jornalistas e a veículos de imprensa.