Empresas de Marçal são processadas por não registrar carteira de trabalho

Atualizado em 18 de setembro de 2024 às 13:57
O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) usando carteira de trabalho para provocar adversários. Foto: Reprodução

As empresas de Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, respondem a várias ações por não registrar a carteira de trabalho de funcionários. Ele, que tem usado o documento para zombar de adversários em debates, diz que a maior parte de seus funcionários são terceirizados por trabalharem no setor de tecnologia.

Ao contrário do que alega o coach, no entanto, as empresas em que ele aparece como sócio ou administrador sofrem processos de pintores, faxineiras e jardineiros, segundo a Folha de S.Paulo. Uma dessas ações é contra o Resort Digital, em Porto Feliz (SP), que faz parte do grupo de Marçal.

Um trabalhador processou o resort por não ter a carteira assinada e alegou na ação que foi contratado para ser gestor do negócio, mas acabou sendo demitido pouco antes do Natal de 2021, no dia 22 de dezembro, no meio da noite. Ele relatou que estava com a mulher e três filhos na ocasião, e que precisou passar a noite na recepção de uma pousada da região após ser expulso.

A empresa teve que pagar R$ 80 mil por irregularidades trabalhistas e danos morais. O resort ainda sofreu outra condenação neste ano por ter empregado um jardineiro que trabalhou três meses sem carteira assinada, além de ter ficado mais de um ano com um acúmulo de funções enquanto atuava como tratorista.

“Como a empresa de Marçal não realiza o registro em carteira de seus empregados, o trabalhador não pôde acessar nenhum direito trabalhista e se viu totalmente desamparado quando foi demitido sem justa causa um ano após o acidente”, diz uma terceira ação contra o Resort Digital. O autor relata que ficou incapacitado após sofrer um acidente enquanto pegava carona num carrinho de golfe com Marçal.

Escola Elementare, em Alphaville (Grande SP), é uma das empresas administradas por Pablo Marçal. Foto: Divulgação

A Escola Elementare, em Alphaville (Grande SP), que também pertence ao grupo administrado por Marçal, também foi processada por uma faxineira que alega ter ficado parte do período em que foi contratada sem carteira assinada.

Há um quinto caso contra Marçal na Justiça de um homem que relatou ter sido contratado para atuar como gestor e porteiro na Marçal Participações e outras empresas do grupo. Ele relata que ficou na empresa entre março e dezembro de 2023, mas foi remunerado por meio do CNPJ de sua irmã, sem qualquer direito trabalhista. No período, ainda teria trabalhado de domingo a domingo, com uma folga a cada quinzena.

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