Enquanto governo argentino empodera mulheres, Bolsonaro entrega comunicação à extrema direita machista. Por Moisés Mendes

Atualizado em 15 de janeiro de 2020 às 11:07
Mikki Lusardi. Foto: Reprodução/YouTube

Publicado originalmente no blog do autor

A moça da foto é a jornalista, música e militante feminista Mikki Lusardi, que vai dirigir a Rádio Nacional Rock, da rede pública de comunicação cultural da Argentina.

Li ontem no Página 12 (que baita jornal) que Alberto Fernández e Cristina Kirchner indicaram cinco mulheres e apenas um homem para dirigir os veículos sob controle do Estado.

Mavi Díaz Mavi Díaz será a diretora da Rádio Nacional Folklórica; Andrea Merenzón, da Rádio Nacional Clássica; María Marta García Scarano, do canal Encuentro; Cielo Salviolo, do canal Pakapaka, dirigido às crianças; e mais Mikki Lusardi na Rádio Nacional Rock.

No Brasil, as estruturas de comunicação e de suporte à cultura foram entregues à extrema direita machista, que se encarrega de destruí-las, como os bolsonaristas já fizeram no Rio Grande do Sul.

Leio todos os dias que Fernández e Cristina estabeleceram que o governo deve socorrer com urgência as crianças e as mulheres. É a prioridade: dar comida às famílias que Macri levou para a miséria.

Socorrendo as mulheres, o governo cria a rede de proteção para as crianças. A Argentina elegeu um governo assumidamente feminino e feminista.

É para sentir inveja, sim. E para saber que, depois de um período de desmandos da direita, é possível voltar ao poder. Eles têm Cristina, nós temos o Mourão.