Enquanto Olavo pula do barco, o general Pazuello afunda com o chefe cumprindo as ordens mais canalhas na Saúde

Atualizado em 7 de junho de 2020 às 9:06
Eduardo Pazuello

Olavo de Carvalho é só mais um a abandonar o Titanic de Bolsonaro.

Gravou um depoimento no YouTube na madrugada deste domingo se dizendo vítima de perseguição.

O presidente apenas se “aproveitou” dele, falou.

“E esse seu Bolsonaro, o que ele fez para me defender? Bosta nenhuma. Você não é meu amigo. Você simplesmente se aproveitou. Enfia a condecoração no cu. Não quero mais saber”, diz.

“Você não está agindo contra os bandidos. Você presencia o crime em flagrante e não faz nada contra eles. Isso se chama prevaricação. Quer tomar um processo de prevaricação de minha parte?”.

Finaliza com uma ameaça: “Se esse pessoal não consegue derrubar o seu governo, eu derrubo. Continue covarde e eu derrubo essa merda de governo aconselhado por generais covardes ou vendidos.”

Citou ainda o DCM e o 247.

Bolsonaro caminha para um fim desonroso. Vai ficar como Ricardo III, implorando por um cavalo em troca de seu reino. No nosso caso, um jumento rogando por um jumento.

Gilmar Mendes o chama de genocida e lembra que “manipulação de estatísticas é manobra de regimes totalitários”. Dias Toffoli, seu fiador, desapareceu. Nem Rodrigo Maia ousa mencionar o tal “diálogo”.

O derradeiro pau mandado de Bolsonaro é o general Eduardo Pazuello, ministro da Saúde interino que ficará no cargo por ser obediente.

Pazuello se submete a qualquer ordem estúpida do chefe.

É para dificultar a liberação das estatísticas diárias sobre coronavírus para que ferrar o Jornal Nacional? Sem problema!

Tem que tirar do ar o site? É pra já! Distribuição de cloroquina? Opa! Xacomigo! 

Enquanto isso, nomeia dezessete militares de alta patente para cargos de confiança na cúpula da pasta.

Pazuello sabe tanto de Medicina quanto você e eu, mas tem o que o tiranete deseja: lealdade cega. É mais do que suficiente.

É um paradoxo, já que o próprio Bolsonaro era “indisciplinado e desleal”, na definição do ex-ministro do Exército Leônidas Pires Gonçalves.

Puxou quinze dias de cana no quartel por indisciplina.

Agora soldados como Pazuello topam acompanhá-lo na lama onde estão enterrados milhares de brasileiros.