Enquanto promotores de SP querem furar a fila da vacina contra covid, a rainha Elizabeth, 94, recusa qualquer prioridade

Atualizado em 3 de dezembro de 2020 às 14:39
Rainha Elizabeth

O que seria do Brasil sem as castas?

Um grupo de promotores e procuradores do Ministério Público do Estado de São Paulo escreveu um abaixo-assinado solicitando que todos os membros tomem a vacina contra a covid-19 antes do resto da população.

O procurador-geral Mário Luiz Sarrubbo se manifestou prontamente, destacando que “poderia pessoalmente se empenhar em apresentar esse pleito ao Governo do Estado, (…) para ser levado à análise pelo Gabinete de Crise”.

“Não é uma questão de egoísmo em relação a outras carreiras, mas tendo em vista notadamente os colegas do primeiro grau, que trabalham com audiências, atendimento ao público e outras atividades em que o contato social é extremamente grande e faz parte do nosso dia a dia”, diz o trecho citado em reunião e obtido pelo Brasil de Fato.

Essa turma tem preferência sobre médicos, enfermeiros, comerciantes, trabalhadores de obras, funcionários de restaurantes e tantos outros que vivem de “contato social” intenso.

Eis a cultura que produz aberrações como Deltan Dallagnol e outros messias ordinários.

Na Inglaterra, a rainha Elizabeth, de 94 anos, que está no segundo grupo prioritário de mais de 80 anos, anunciou publicamente não vai furar a fila.

Residentes de lares de idosos e seus cuidadores estão na lista de prioridades, de acordo com a orientação do Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização.

Não haverá tratamento especial para ninguém, segundo o governo britânico.

A família real brasileira é outro nível.