
O Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, reservou uma área para receber o ex-presidente Jair Bolsonaro. A estrutura fica no mesmo bloco utilizado anteriormente por deputados, doleiros e empresários que passaram pelo local. A medida foi organizada antes da conclusão da análise de recursos relacionados ao caso. Com informações da Veja.
Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal vão analisar nesta semana os recursos apresentados por Bolsonaro e por outros sete envolvidos na trama golpista de janeiro de 2023. Essa etapa processual deve definir a continuidade dos procedimentos judiciais relacionados ao caso.
Com o encerramento da análise dos recursos, o colegiado poderá definir o início do cumprimento de pena. Até o momento, Bolsonaro permanece em prisão domiciliar, medida definida em etapas anteriores do processo e cumprida com monitoramento e restrições legais.
A possibilidade de transferência do ex-presidente para o presídio depende da deliberação judicial. Caso a Primeira Turma determine o início do cumprimento de pena em regime fechado, a Papuda já possui um espaço preparado para recebê-lo em condições de segurança controlada.

A Polícia Federal também reservou uma sala especial para a eventual prisão de Bolsonaro. A estrutura é semelhante à utilizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no período em que cumpriu pena após condenação na Lava-Jato, em Curitiba, em 2018.
Essa sala especial segue normas federais de custódia e permanece sob responsabilidade direta da corporação. O ambiente é monitorado e isolado de áreas comuns, garantindo controle de acesso e registro contínuo de movimentação interna.
O período de análise dos recursos foi definido anteriormente pelo STF. Os demais envolvidos na ação também aguardam a deliberação da Primeira Turma para o início de pena de privação de liberdade, caso seja determinada pelo colegiado.
As autoridades penitenciárias informaram que, caso a decisão seja emitida, a execução será realizada seguindo os protocolos habituais. A proximidade entre STF, Polícia Federal e sistema prisional permite deslocamento imediato após ordem judicial.