O roqueiro foi considerado culpado de reproduzir bovinamente disparates de ‘pensadores’, mais aspas, da extrema direita.

O leitor do Diário decidiu: Lobão foi um mentecapto ao dizer as coisas que disse numa entrevista à Folha que já entrou para o anedotário nacional.
Repetiu, bovinamente, o que leu em extremistas da direita como Olavo de Carvalho e Reinaldo Azevedo. (Aquele que, em lágrimas, disse que Maggie Thatcher morreu ‘pobre’, com uma casa avaliada em 13 milhões de libras na área mais cara de Londres.)
A atitude de Lobão foi tema de uma enquete do Diário. Três alternativas foram oferecidas ao leitor: a vencedora, com metade dos votos, é a que está acima.
Em segundo lugar, ficou a hipótese de que ao falar aquelas barbaridades fascistas – elogiou a ditadura, por exemplo – Lobão estava sendo apenas o velho Lobão, disposto a tudo por mais quinze minutos de notoriedade.
E a terceira alternativa afirmava que Lobão fora corajoso e dissera coisas que ninguém ousa dizer.
Uma fração mínima viu coragem em Lobão.
Clap, clap, clap para os votantes.
Minha opção é exatamente aquela. Melhor, minha convicção.
Aproveito para dar mais uma rodada de clap, clap, clap para o melhor chargista hoje do Brasil, Latuff.
Foi brilhante a charge que fez, na qual Lobão gargalha enquanto o jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura, aparece no fundo, enforcado.

O leitor do Diário disse, e concordo com veemência: Lobão hoje é um PIB, o Perfeito Idiota Brasileiro, e como todo PIB reproduz disparates escritos por outros PIBs, como Olavo de Carvalho e Reinaldo Azevedo.