Entenda os impactos do ‘aquecimento estratosférico súbito’ nas condições climáticas globais

Atualizado em 19 de julho de 2024 às 20:19
Fenômeno raro pode impactar o clima do Brasil. Foto: Divulgação

Um fenômeno atmosférico raro conhecido como “aquecimento estratosférico súbito” pode influenciar o clima do Brasil nos próximos dias, de acordo com a MetSul Meteorologia. O evento foi detectado na região antártica, no hemisfério sul, e pode ter consequências significativas para a América do Sul.

O “aquecimento estratosférico súbito” ocorre quando há um rápido aumento nas temperaturas na estratosfera, a segunda camada da atmosfera a partir da superfície da Terra. Esse fenômeno é mais comum no hemisfério norte, que inclui América do Norte, Europa, parte da África e Ásia. Nessas regiões, pode levar a ondas de frio intensas.

No hemisfério sul, onde o Brasil está localizado, o fenômeno é extremamente raro. Apenas alguns episódios foram documentados nas últimas décadas. De acordo com Estael Sias, meteorologista da MetSul, o evento pode ter um impacto global, possivelmente resultando em ondas de frio significativas.

“Por um mecanismo de compensação, se esfriar muito lá [Austrália], pode esquentar muito aqui, e vice-versa. Então, isso ainda está em aberto e estamos avaliando”, disse o meteorologista Estael Sias.

Imagem mostra registro do fenômeno em 2017. Foto: Divulgação

A meteorologista Sias explica que o aquecimento estratosférico súbito pode enfraquecer o cinturão ao redor do Polo Sul, que normalmente retém o ar mais frio na região. Como resultado, o ar gelado pode ser deslocado para áreas continentais do hemisfério sul, como a Austrália, África e América do Sul.

“Isso pode ser Austrália, África ou América do Sul, que acabaria impactando no Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai. Nos próximos dias, vamos conseguir avaliar melhor”, afirma Estael Sias.

O evento pode influenciar o clima em áreas como o Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai. Nos próximos dias, a MetSul irá monitorar o fenômeno mais de perto para entender melhor seus impactos potenciais.

Atualmente, a MetSul prevê que as temperaturas podem ser mais altas na próxima semana. No entanto, no início de agosto, há uma tendência de queda nas temperaturas. “Somente nos próximos dias teremos uma visão mais clara sobre o impacto direto do fenômeno no clima local”, conclui Sias.

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