Nos últimos anos, o Brasil tem experimentado uma relativa calmaria em relação ao sarampo, com o Ministério da Saúde registrando uma ausência de novos casos desde 2022. Enquanto isso, países como a Europa e partes dos Estados Unidos testemunharam um aumento alarmante nas infecções, levando a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido a declarar o sarampo como um “incidente nacional”.
Mas por que essa disparidade? E o que o Brasil está fazendo para evitar uma situação semelhante? Descubra mais sobre a situação atual do sarampo, as medidas preventivas e a importância da vacinação.
Enquanto o Brasil mantém uma calmaria em relação ao sarampo, outros países enfrentam uma crescente onda de casos, especialmente na Europa e partes dos Estados Unidos. A Europa registrou um aumento significativo no número de infecções, com um aumento de 45 vezes nos casos relatados em países europeus.
Esse cenário levou a OMS a classificar o aumento de casos como “alarmante”, alertando sobre a necessidade urgente de medidas preventivas para conter o vírus.
Um estudo publicado pela revista Nature relacionou o aumento de casos de sarampo na Europa à queda nas taxas de vacinação, destacando que apenas cerca de 85% das crianças britânicas com menos de cinco anos receberam as duas doses da vacina tríplice viral.
Essa queda nas taxas de vacinação foi atribuída, em parte, à pandemia de COVID-19, que interrompeu os programas de imunização, e à disseminação de informações falsas sobre vacinas. Esses fatores contribuíram para um declínio na imunidade coletiva e um aumento nas infecções.
Apesar do cenário preocupante em outras partes do mundo, o Brasil tem conseguido manter a doença sob controle, com um aumento na cobertura vacinal nos últimos anos. Em 2023, o país registrou uma cobertura vacinal de 85,6%, um marco comemorado pelo Ministério da Saúde.
Especialistas atribuem essa melhoria à reestruturação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a um esforço concertado para aumentar a conscientização sobre a importância da vacinação.
A vacinação desempenha um papel crucial na prevenção do sarampo, com o Ministério da Saúde recomendando um esquema de duas doses para proteção eficaz. A vacina tríplice viral, administrada aos 12 meses de idade, é seguida pela dose da tetraviral aos 15 meses. É essencial que a população seja vacinada para atingir uma imunidade de rebanho e prevenir surtos e epidemias.
Embora o Brasil tenha conseguido controlar o sarampo nos últimos anos, ainda existem desafios a serem enfrentados. A manutenção de altas taxas de vacinação, a vigilância ativa e a resposta rápida a casos importados são essenciais para evitar uma ressurgência da doença.
A colaboração internacional e o compartilhamento de melhores práticas também são fundamentais para proteger as populações contra o sarampo e outras doenças infecciosas.
Enquanto o Brasil celebra seu sucesso na prevenção do sarampo, é crucial manter o foco na vacinação e na vigilância epidemiológica para evitar retrocessos. A pandemia de COVID-19 destacou a importância da imunização e da colaboração global na luta contra doenças infecciosas.