
Edson Fachin determinou um prazo de 15 dias para que a Polícia Federal e as Forças Armadas se inscrevam para participar da fiscalização das urnas eletrônicas. A medida se dá após o ministro da Justiça, Anderson Torres, dizer que há “possibilidade” de que a corporação desenvolva “programas próprios de verificação”.
“Determina-se a instauração de processo administrativo para acompanhar os procedimentos de fiscalização e auditoria do sistema eletrônico de votação. Intimem-se as entidades legitimadas a participar das etapas do processo de fiscalização, para que manifestem interesse na participação ou indiquem quem irá representá-los”, diz despacho do magistrado.
Nas últimas eleições, a PF usava sistemas do TSE para acompanhar a auditoria. Na disputa desse ano, entretanto, o ministro da Justiça quer que a corporação ajuda a “resguardar o Estado democrático de direito”.
Ao mesmo tempo, Jair Bolsonaro tem proposto que as Forças Armadas atuem no processo eleitoral e façam uma dupla checagem da apuração dos votos.
Membros da corte eleitoral disseram ao UOL que a medida é uma tentativa de apaziguar a relação com o presidente, que tem atacado integrantes das corte superiores.