Da Folha de S.Paulo.
Em um dos auditórios da Universidade de Columbia, a anfitriã do “African Diaspora International Film Festival” anunciou no último sábado (7), minutos antes da transmissão de “Marighella”, que o diretor Wagner Moura iria “trocar algumas palavras” com o público após o filme. A surpresa arrancou “uaus” da plateia.
A cinebiografia do guerrilheiro comunista Carlos Marighella enfrenta um imbróglio burocrático na Ancine (Agência Nacional do Cinema) e, por isso, ainda não foi lançada no Brasil.
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“Eu não gosto de falar do ‘Marighella’ como um caso isolado: todo o universo da cultura, no Brasil, está basicamente destruído. A Ancine está destruída. Acabada. Game over. E esse é o jeito que eles fazem hoje: a censura não é como a da ditadura militar, que dizia ‘isso é proibido’”, disse.
“Hoje eles infiltram pessoas nessas agências, e elas tornam tudo impossível de acontecer. Foi isso que fizeram com ‘Marighella’. Eles acharam uma forma de tornar o lançamento impossível do ponto de vista burocrático. Mas nós iremos achar um jeito.” A fala foi aplaudida.
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