A equipe econômica alerta que farra fiscal no ano eleitoral, motivada por pressões de aliados de Bolsonaro, será um tiro no pé do próprio presidente. De acordo com os assessores do ministro da Economia, Paulo Guedes, isso causaria mais turbulência na economia, com inflação e juros subindo, o que prejudicaria Bolsonaro no período eleitoral.
Conforme reportagem do G1, o ministro da Economia está sendo pressionado a encontrar espaço no Orçamento da União para pedidos de aliados de Bolsonaro. Como, por exemplo, o reajuste para servidores, inclusão de mais famílias atendidas no Auxílio Brasil e recursos para obras. Guedes afirma que será possível atender os pedidos se cortes forem feitos em outras áreas.
Com o resultado da inflação alta, desemprego elevado e economia sem crescendo, Bolsonaro perderia a campanha para sua reeleição. Além da postura negacionista do presidente em relação à pandemia.
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Comunicadores do presidente defendem uma política econômica mais flexível para reduzir a rejeição a Bolsonaro, que está acima de 50%. A equipe econômica, no entanto, avisa que a inflação já está alta e o risco é que ela continue pressionada, em vez de cair neste ano eleitoral.
“Os efeitos de uma farra fiscal vão ser sentidos ainda neste ano eleitoral, não vai ser no ano que vem. Aí, os aliados até podem se eleger deputados e senadores, mas a conta da crise econômica vai cair sobre o presidente da República. Ele é que vai ser o prejudicado pela farra fiscal”, disse um assessor presidencial.
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