
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) está encabeçando o movimento para promover mudanças na legislação trabalhista brasileira, visando eliminar a escala de trabalho 6×1, na qual o trabalhador cumpre seis dias de trabalho seguidos e descansa em apenas um. Em sua proposta de Emenda Constitucional (PEC), ela defende a implementação de uma nova jornada de trabalho, a 4×3, e uma redução de 44 horas semanais para 36.
Em uma publicação no X, antigo Twitter, Erika explicou a lógica da proposta da escala 4×3, em vez de uma jornada de cinco dias trabalhados para dois de descanso (5×2). “Não podemos nivelar a proposta por baixo, esse não é o papel do proponente”, afirmou.
A parlamentar também enfatizou que a luta pela mudança no regime de trabalho vai além das divergências políticas, destacando que o idealizador do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), Rick Azevedo, responsável por reunir 1,5 milhão de assinaturas em apoio à PEC, também pertence à esquerda.

Erika argumentou que uma jornada de quatro dias trabalhados e três de descanso traria melhorias notáveis na qualidade de vida dos trabalhadores, sendo uma mudança possível e já aplicada em outros contextos sem causar danos econômicos. “Essa escala e jornada são possíveis, deu certo onde foram aplicadas e representariam um salto em qualidade de vida da população nunca visto em um país em desenvolvimento”, declarou a deputada.
Ela ressaltou que estudos e experiências internacionais sugerem que a redução na jornada pode, inclusive, impulsionar a economia, criando novos empregos e diminuindo as desigualdades.
A parlamentar, porém, reconhece que a aprovação da PEC exigirá um longo processo de negociação no Congresso Nacional, e acredita que o apoio popular será crucial para fortalecer o projeto. “Quanto mais apoio a PEC tiver entre o povo, mais poder de negociação teremos no Congresso”, disse, incentivando a mobilização de trabalhadores e apoiadores para pressionar os parlamentares.
Ela ainda destacou a importância de que cada trabalhador submetido à escala 6×1 fale sobre o tema em seu ambiente de trabalho e compartilhe nas redes sociais a necessidade de mudanças no regime atual.
Leia o texto de Erika Hilton na íntegra:
FIM DA ESCALA 6X1: O QUE PROPOMOS?
Nossa luta pelo fim da escala 6×1 está tomando as manchetes.
E aproveito isso pra explicar o porquê o texto da PEC fala da escala 4×3 ao invés da 5×2.
Primeiramente, não podemos nivelar a proposta por baixo, esse não é o papel do proponente.
Eu sou de esquerda, o Rick Azevedo, que encabeça o Movimento VAT, que já colheu cerca de 1,5 milhões de assinaturas e construiu a PEC conosco, é de esquerda. E não temos vergonha disso.
Por isso propusemos o que acreditamos: o fim da escala 6×1, a redução da jornada para 36h, e a escala semanal de trabalho 4×3.
Essa escala e jornada são possíveis, deu certo onde foram aplicadas, e representariam um salto em qualidade de vida da população nunca visto em um país em desenvolvimento.
Isso, conforme os estudos e exemplos disponíveis, sem causar danos à economia, inclusive podendo potencializá-la, gerando mais empregos e reduzindo a desigualdade.
E sabemos que o texto terá que ser negociado no Congresso. Sabíamos disso quando a PEC foi protocolada.
Mas, quanto mais apoio a PEC tiver entre o povo, mais poder de negociação teremos no Congresso. E mais poder pra melhorar a vida de cada trabalhador desse país e ACABAR com a escala 6×1 nós teremos.
Façam-se serem ouvidos, continuem pressionando os Deputados. Compartilhem, comentem e salvem postagens contra a escala 6×1. Produzam seus próprios conteúdos.
E principalmente, você que trabalha na escala 6×1, fale dessa luta no seu ambiente de trabalho.
Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line