Ernesto Araújo passa pano para ataque ao Capitólio e manda “parar de chamar ‘fascistas’ a cidadãos de bem”

Atualizado em 7 de janeiro de 2021 às 15:11
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado.
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O chanceler Ernesto Araújo continua se colocando como o ministro mais sem noção do governo Bolsonaro.

Ele resolveu sair na defesa da tentativa de golpe perpetuada pelo presidente Donald Trump.

Ernesto conseguiu postar uma thread (fio) no Twitter defendendo essa maluquice:

“-Há que lamentar e condenar a invasão da sede do Congresso ocorrida nos EUA ontem.

-Há que investigar se houve participação de elementos infiltrados na invasão

-Há que deplorar e investigar a morte de 4 pessoas incluindo uma manifestante atingida por um tiro dentro do Congresso

– Há que reconhecer que grande parte do povo americano se sente agredida e traída por sua classe política e desconfia do processo eleitoral.

– Há que distinguir ‘processo eleitoral’ e ‘democracia’. Duvidar da idoneidade de um processo eleitoral NÃO significa rejeitar a democracia. Ao contrário, uma democracia saudável requer, como condição essencial, a confiança da população na idoneidade do processo eleitoral.

– Há que parar de chamar ‘fascistas’ a cidadãos de bem quando se manifestam contra elementos do sistema político ou integrantes das instituições. Deslegitimar o povo na rua e nas redes só serve para manter estruturas de poder não democráticas e seus circuitos de interesse.

– Há que perguntar, a propósito, por que razão a crítica a autoridades do Executivo deve considerar-se algo normal, mas a crítica a integrantes do Legislativo ou do Judiciário é enquadrada como atentado contra a democracia.

– Nada justifica uma invasão como a ocorrida ontem. Mas ao mesmo tempo nada justifica, numa democracia, o desrespeito ao povo por parte das instituições ou daqueles que as controlam.

– O direito do povo de exigir o bom funcionamento de suas instituições é sagrado. Que os fatos de ontem em Washington não sirvam de pretexto, nos EUA ou em qualquer país, para colocar qualquer instituição acima do escrutínio popular.”