“Escárnio”: Lula critica privatização da Eletrobras durante o governo Bolsonaro

Atualizado em 18 de janeiro de 2024 às 15:12
Lula (PT) durante o ato de implantação do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia. Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar a privatização da Eletrobras, empresa estatal de energia elétrica, durante um evento em Salvador (BA) nesta quinta-feira (18). Lula classificou a venda da companhia como um “escárnio” e destacou o impacto negativo dessa decisão estratégica tomada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Durante a assinatura de um acordo para a criação do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia, que será instalado na Base Aérea de Salvador em parceria com o Senai Cimatec, Lula aproveitou para abordar o tema da privatização da Eletrobras.

“Este país já poderia estar consagrado como a quinta economia do mundo há muito tempo. Mas há muita gente nesse país que teima em retroceder. A privatização da Eletrobras, por exemplo. A privatização da Eletrobras, as pessoas não gostam que se fale, mas foi um escárnio nesse país o que se fez num setor estratégico como o setor de energia”, afirmou o presidente.

Segundo o Valor Econômico, Lula enfatizou que, ao retomar os investimentos na Refinaria Abreu e Lima (RNEST) em Pernambuco, o governo petista busca reverter políticas anteriores. Ele acusou a gestão bolsonarista de incluir cláusulas “leoninas” no projeto de privatização para impedir que o governo federal recuperasse a maioria na empresa estatal.

“Não foi a primeira vez que o presidente atacou a privatização da empresa de energia. Lula já declarou por diversas vezes, ao longo do ano passado, que a gestão bolsonarista incluiu cláusulas ‘leoninas’ no projeto para evitar que o governo federal voltasse a ter maioria na empresa estatal.”

Além disso, Lula anunciou sua primeira visita ao seu Estado natal, Pernambuco, em 2024. Ele planeja visitar a Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca (PE), destacando a possível retomada da ampliação da refinaria, o que, segundo o governo petista, resultará na geração de 30 mil empregos diretos e indiretos e no aumento da capacidade de produção nacional de Diesel S10.

O presidente ressaltou que, ao longo de 2024, pretende viajar pelo Brasil, visitando diversos Estados. Essa estratégia é parte de uma ofensiva para recuperar sua popularidade, que sofreu uma queda, conforme indicado por pesquisas de opinião realizadas no final do ano passado. O Nordeste será a primeira região a receber as visitas do presidente, visando fortalecer a presença política do PT na região.

Sobre o Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia, espera-se um investimento total de R$ 650 milhões na construção do parque e um valor equivalente em equipamentos e laboratórios. A previsão é que o parque esteja operacional no primeiro semestre de 2025, de acordo com André Oliveira, superintendente de Novos Negócios do Senai Cimatec.

Veja a íntegra do evento na Bahia:

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