Escondido nos EUA, Monark volta a pedir a prisão de Moraes: “Ele ou todos nós”

Atualizado em 11 de fevereiro de 2024 às 15:59
Monark, influenciador de extrema-direita. Foto: reprodução

Fugido nos Estados Unidos, o influenciador Bruno Aiub, conhecido como Monark, voltou a pedir a prisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no último sábado (10).

“Ou vocês prendem o Moraes, ou ele vai prender todos nós”, escreveu em sua conta no X, antigo Twitter.

Monark surgiu como criador de conteúdo sobre jogos de video game, mas furou a bolha no Flow Podcast, o pioneiro no formato “mesacast” no Brasil, ao lado de Igor 3k. Seus embates contra o ministro Moraes começaram após ele defender, acompanhado do deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) a existência de um partido nazista.

De alguém que se considerava de fácil diálogo com pessoas de todas as ideologias, Monark abraçou, e foi abraçado pelo bolsonarismo. Por causa das sanções dos patrocinadores ao Flow, devido à repercussão negativa de suas polêmicas, ele saiu da parceria com Igor e seguiu carreira solo endossando fake news e corroborando o discurso da extrema-direita em pautas como antivacina e suposições de fraudes nas urnas em 2022.

Foi aí que começou a guerra contra o ministro Alexandre de Moraes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral, que determinou o banimento das contas de Monark no YouTube, Twitter e Instagram, a fim de frear as desinformações divulgadas pelo influencer.

Por sua adesão aos jovens, Aiub é tido como um braço do bolsonarismo para cativar esse público. Na avaliação da extrema-direita, por exemplo, a vantagem que Lula levou nas eleições de 2022 com essa parcela da população foi determinante para o resultado do pleito.

Em entrevista à Record, na última sexta-feira (9), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a reclamar da campanha do TSE para o cadastramento de jovens para votarem. No Brasil, o voto é opcional para adolescentes de 16 e 17 anos, passando a ser obrigatório após os 18.

“Por que o TSE fez uma campanha em 2022 para o jovem se alistar? Sabendo que o jovem de 16 e 17 anos, 70% ou 80% vota na esquerda. E nessa campanha, 4 milhões e pouco de jovens tiraram o título de eleitor. Só aí, os jovens deram uma diferença de mais de 2 milhões de votos para o outro lado. Houve interferência ou não houve?”, questionou Bolsonaro, se queixando de que tocar nesse assunto, segundo ele, seria crime.

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