Escracho antifascista nocauteou o Congresso da mamata. Por Moisés Mendes

Atualizado em 7 de julho de 2025 às 10:38
Imagem dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), feita com inteligência artificial. Foto: Reprodução

A capacidade de escracho das esquerdas brasileiras está viva. A produção de vídeos e memes contra as facções do Congresso, na guerra do nós contra eles, resultou em um fenômeno inesperado.

Foram as esquerdas, e não o fascismo, que criaram a primeira grande mobilização política de massa com o uso da inteligência artificial no Brasil.

Essa é também a primeira grande derrota da extrema-direita nas redes sociais, a partir do enfrentamento do poder de destruição de deputados e senadores dedicados à sabotagem do governo e de Lula.

A esquerda provou que tem bambu e sabe lidar com as flechas. Expôs um Hugo Motta frágil e manobrável, que bebe na boquinha da garrafa porque mandam que beba.

Mostrou quem é Davi Alcolumbre e deu o recado mais importante: entrou na guerra que antecipa a campanha de 2026 com participação declarada de Globo, Folha e Estadão.

Direita e extrema-direita acusaram o golpe, mas vem aí agora o que é da mais elementar lição de enfrentamentos como esse. O fascismo já está preparando a invertida.

O ataque funcionou porque, pela primeira vez, as esquerdas estiveram no ataque, em vez de ficar apenas defendendo ações do governo.

É o que funciona nas redes, onde atitudes propositivas têm reduzido impacto. Atacar, atacar e atacar. É o que precisa ser feito a partir de agora, sem paradas.

O próximo alvo já pode ser escolhido. É o sujeito que colocou o boné de Trump e assumiu que está ao lado dos que atacam o Brasil. Tarcísio Freitas que se prepare.

As esquerdas tinham time nas redes sociais, mas não estavam jogando como deveriam.

Agora, é só calibrar o escracho antifascista, sem recuos, e manter o bolsonarismo assustado, não só no Congresso da mamata, mas para muito além da luta pela taxação BBB de bilionários, bancos e bets.

PODE ESPALHAR

A ação política de influenciadores está articulada no projeto ‘Pode Espalhar’, que o PT e a Fundação Perseu Abramo lançaram na semana passada.

Com um detalhe muito importante: os criadores de conteúdo e os espalhadores terão suporte jurídico da fundação.

Estamos em guerra. Vamos participar. Tem uma turma brava que já foi à luta e está vencendo o fascismo por 7 a 1 nas redes sociais.

Claro que vão perguntar: por que você está fazendo isso? Responda como faziam os velhinhos que resistiam ao nazismo na Paris ocupada: por que você não está fazendo nada?

Abaixo, dois endereços para quem quiser participar:

E-mail do projeto:
contato@podeespalhar.com.br

E-mail e telefone da fundação:
webmaster@fpabramo.org.br
Telefone: (11) 5571-4299
Endereço: Rua Francisco Cruz, 234, Vila Mariana, São Paulo (SP) – CEP 04117-091

Veja o link aqui.

Moisés Mendes
Moisés Mendes é jornalista em Porto Alegre, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim) - https://www.blogdomoisesmendes.com.br/