
A Polícia Federal (PF) conduziu buscas nesta quinta-feira (25) contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), com base em indícios encontrados durante buscas realizadas em outubro do ano passado nos computadores e celulares da Abin.
Na ocasião, a PF coletou dados dos telefones funcionais de servidores e de computadores da agência, identificando indícios que apontam Ramagem como responsável por autorizar a espionagem ilegal de autoridades.
Informações também sugerem que o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (União-RJ) teria sido uma das autoridades espionadas ilegalmente, de acordo com o Blog da Camila Bomfim, do G1.

As buscas realizadas em outubro resultaram na prisão de dois servidores, Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Yzycky, que, por terem conhecimento do suposto esquema, coagiram colegas para evitar possíveis demissões.
Durante a operação, a PF também recuperou acessos ilegais no First Mile, um sistema israelense adquirido pela gestão Michel Temer e utilizado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O sistema era usado para rastrear a localização de autoridades sem autorização judicial.
Investigadores afirmam ainda que na gestão de Ramagem na Abin existia um “sistema paralelo”, onde parte da estrutura da agência era utilizada para criar dossiês e monitorar pessoas, incluindo desafetos políticos, de forma ilegal.
A “necessidade” de monitorar essas pessoas era, segundo as investigações, criada sem respaldo técnico e sem autorização judicial.
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