Esposa de Justus diz que ricos sofrem “preconceito” e culpa “mentalidade brasileira”

Atualizado em 23 de outubro de 2025 às 21:42
Ana Paula Siebert e Roberto Justos com a filha. Foto: Reprodução

A influenciadora Ana Paula Siebert, esposa do apresentador Roberto Justus, declarou que pessoas ricas sofrem “preconceito” no Brasil e que empresários são tratados como “demônios”. A fala foi feita em entrevista ao influenciador de direita Firmino Cortada, publicada nesta quinta-feira (23). A influenciadora defendeu que a população deveria se inspirar em quem acumulou fortuna em vez de criticar quem ostenta.

Durante a conversa, Ana Paula afirmou que a rejeição a empresários é um comportamento “típico do Brasil”. Segundo ela, “os empresários são fonte de inspiração, são admirados, e aqui a gente tem um grupo que olha para eles como algo ruim. É o empresário que dá emprego, que tem coragem. Se está ostentando, é fruto do trabalho dele”. A fala ocorre em um país com um dos maiores índices de desigualdade de renda do mundo, onde a concentração de riqueza é tema constante de debate.

A influenciadora também criticou o modo como o sucesso financeiro é tratado nas redes sociais, afirmando que conquistas materiais não deveriam gerar ataques. “A gente não vê muito disso lá fora. O Brasil tem essa dificuldade de reconhecer o mérito de quem cresceu com esforço e trabalho”, disse. As declarações surgem em meio a um cenário em que o exibicionismo de luxo nas plataformas digitais costuma gerar forte reação pública.

Questionada se acredita que os ricos sofrem preconceito no país, Ana Paula respondeu que sim. “Sofre, e eu acho que é uma coisa muito daqui. Fico triste, porque sou apaixonada pelo Brasil”, afirmou. A fala ignora, no entanto, que grande parte da população enfrenta dificuldades básicas e carece de oportunidades para ascender economicamente.

Em outro trecho, a influenciadora reforçou que o sucesso de uns deveria servir de motivação para outros. Segundo ela, o reconhecimento do mérito seria um caminho para melhorar a mentalidade do país. As declarações, porém, refletem uma visão individualista que desconsidera fatores estruturais da desigualdade social brasileira.