Espremidos entre o sadismo de Israel e a loucura suicida do Hamas: pobres palestinos

Atualizado em 27 de julho de 2014 às 12:20
Criança de Gaza
Criança de Gaza

O Hamas já disparou milhares de foguetes na direção de Israel, com a intenção de matar civis israelenses. Isso fica claro pelo fato de seus foguetes não terem qualquer precisão.

O Hamas alega que faz isso como retaliação contra os bombardeios de civis em Gaza e para se defender dos ataques israelenses.

Enquanto cada mínimo ataque israelense acerta seus alvos com precisão e já causou mais de mil vítimas palestinas, sendo a maioria civis, em torno de 90% dos foguetinhos do Hamas são interceptados no ar e os pouquíssimos que chegam ao solo causaram apenas duas mortes de civis.

Imagino que a efetividade dos ataques do Hamas esteja sendo de 1 morto para cada 800 foguetes lançados. É um nível de resultado que seria considerado extremamente baixo para qualquer exército, milícia ou grupo armado no mundo, menos para o Hamas.

Quanto mais desses foguetinhos são lançados contra Israel, com mais fúria o governo israelense ataca os palestinos e cada vez mais pessoas são mortas.

Famílias inteiras estão morrendo debaixo dos escombros de suas casas, pois Israel está bombardeando seus alvos junto com tudo ao redor, para evitar que militantes do Hamas escapem. Dessa forma, num ataque matam uns 3 membros do Hamas e umas 10 pessoas que não têm qualquer ligação com o grupo.

Já bombardearam hospitais, escolas da ONU, mesquitas, um centro de tratamento de deficientes, estações de tratamento de água, dentre diversos outros alvos, sempre com a desculpa de que o Hamas estava disparando foguetes desses locais. Como se isso os redimisse de explodir um hospital, um prédio residencial ou qualquer local repleto de civis.

Dado que o governo de Israel já demonstrou além da conta o seu potencial genocida, não faz mais sentido o Hamas insistir em rejeitar uma trégua nesse conflito. Ele não têm chance nenhuma.

Quanto mais o conflito durar, mais palestinos vão sofrer.

Em todo esse conflito, o Hamas só conseguiu matar 29 dos mais de 50 mil soldados convocados para a batalha. É como se o governo cubano estivesse enfrentando os Estados Unidos numa guerra. O resultado é totalmente previsível.

Os palestinos da Faixa de Gaza estão perdidos, pois estão espremidos entre o sadismo de Israel e a loucura suicida do Hamas, que não enxerga que não ganhará absolutamente nada com a continuação do conflito.

O Estado Palestino não vai ser criado à força jamais.

Somente com um cessar fogo e com um acordo entre os dois lados, junto com a comunidade internacional será possível criar um Estado Palestino.

Enquanto o Hamas estiver obcecado com a missão impossível de destruir o Estado de Israel, a paz não virá nem tão cedo e Israel agradecerá, pois poderá poderá manter essa guerra por muitos e muitos anos, aumentando suas colônias ilegais em território palestino e expandindo suas fronteiras dia após dia.

A comunidade internacional continuará com seus discursos baratos, pedindo cautela, pedindo para que Israel “esforce-se mais” para evitar a morte de civis. Dirão que defendem um Estado Palestino, mas não farão nada de efetivo para que o Estado Palestino seja criado.

Enquanto o jogo político anda a passos lentos, o sangue palestino seguirá derramando em larga escala, ano após ano.