O prefeito bolsonarirsta Ari Bagúio (PL), de Ponte Alta do Norte (SC), foi preso nesta sexta (26) em operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O grupo investiga um suposto esquema de corrupção que envolve a contratação de serviços de limpeza urbana na cidade.
Ari foi preso em Florianópolis e, além dele, dois filhos e um secretário municipal são investigados como parte do esquema. O prefeito e sua família são donos do escritório de contabilidade Wolinger, que também foi alvo de buscas pelo Gaeco. Segundo o MP, o escritório era usado como parte do esquema de corrupção.
As investigações apontam que as pessoas interessadas em prestar serviços de limpeza urbana no município eram direcionadas a escritórios de contabilidade por agentes públicos, que também são investigados no esquema. Esses servidores apresentavam uma “contrapartida ilícita de pagamento de 10% dos valores que eles percebiam do município, pagos a título de vantagem indevida mensal”.
“Tal conduta faria com que parte do dinheiro pago pelo município aos contratados para limpar a cidade voltasse para os próprios agentes púbicos investigados, ocasionando enriquecimento ilícito, que se aproxima do valor de R$ 100.000,00”, explica o MP.
Ari é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro e, em outubro de 2022, manifestou apoio à sua candidatura junto do diretório executivo do PSDB de Ponte Alta do Norte. Na ocasião, ele também declarou voto em Jorginho Mello (PL), atual governador de Santa Catarina.
Essa é a segunda prisão de um prefeito bolsonarista catarinense em uma semana. Na última quarta (24), Douglas Elias Costa (PL), de Barra Velha, foi detido em outra operação do Gaeco que apura corrupção e fraudes em licitações.
Eles se somam a uma lista de 18 prefeitos detidos em cidades de Santa Catarina em um ano e dois meses. Os 16 anteriores foram presos em decorrência da operação Mensageiro, que investiga esquema de corrupção em contratos de limpeza urbana.