Esquema do PCC de fraude em licitações envolvia entrega de propina em pacotes

Atualizado em 27 de abril de 2024 às 23:33
Pacotes com propinas do PCC. Foto: GAECO/Guarulhos

O esquema de corrupção em processos de licitação dirigido por dois acusados de fazerem parte da organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) envolvia um método de pagamento de suborno em envelopes de dinheiro a legisladores e funcionários públicos de prefeituras e câmaras municipais em São Paulo.

De acordo com trechos da investigação conduzida pelo Ministério Público, o acusado Vagner Borges Dias, conhecido como Latrell Brito e proprietário da empresa Grupo Safe, detalha em mensagens a logística para a entrega de três pacotes a agentes públicos dos municípios envolvidos no esquema. Um quarto pacote seria destinado ao próprio Latrell.

Os valores oscilavam entre R$ 2.500 e R$ 5.000. Uma análise dos repasses realizados pelas administrações municipais mostra que a empresa do acusado, Vagner Borges Dias ME, recebeu R$ 106,7 mil em 2014. O montante aumentou progressivamente nos anos seguintes, atingindo R$ 56,9 milhões em 2022.

Vagner Borges Dias, o Latrell. Foto: Reprodução

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em sua denúncia, alega que ele está associado a dezenas de empresas criadas apenas para simular concorrências em licitações do setor público.

Essas investigações fazem parte da denúncia que resultou na operação do próprio Gaeco de Guarulhos em 16 de abril.

Durante a operação, foram detidos os vereadores Flavio Batista de Souza (Podemos) de Ferraz de Vasconcelos; Luiz Carlos Alves Dias, conhecido como Luizão Arquiteto (MDB), de Santa Isabel; e Ricardo de Oliveira, apelidado de Ricardo Queixão (PSD), de Cubatão, além de funcionários públicos, empresários e um advogado.

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