1. Alckmin exige acesso a investigação sobre cartel do metrô
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse no sábado (3) que o governo estadual entrou com mandado de segurança para exigir acesso aos documentos da investigação sobre a suposta formação de cartel entre fornecedores de trens para o Metrô.
De acordo com reportagem publicada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” o suposto cartel que venceu licitações para o metrô em São Paulo e no Distrito Federal superfaturou os serviços em R$ 577 milhões. Segundo a reportagem o valor corresponde a 30% a mais do que os governos pagariam se não houvesse o cartel. O jornal afirma que teve acesso a documentos que estão em posse do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do Ministério Público de São Paulo.
“Nós entramos com mandado de segurança, exigindo acesso às informações porque se ficar comprovado algum cartel, que é ação entre empresas, o governo do estado vai entrar com ação de indenização. Aliás, nós já determinamos investigação por parte da Controladoria Geral da Administração, da Corregedoria. Se algum cartel – que há uma suspeita – ocorreu, o governo vai ser indenizado”, afirmou Alckmin.
A Siemens disse que não foi a fonte das informações sobre o suposto esquema de cartel. O Cade confirmou que a investigação está em andamento e que houve mesmo um acordo, mas não informou com qual empresa. A assessoria do ex-governador José Serra declarou que o governo dele não tomou conhecimento de nenhuma formação de cartel , nem deu aval a essa prática.
O Cade informou na sexta (2) que analisa desde o começo de julho documentos que apontam suspeitas de envolvimento de 13 empresas na formação de cartel para supostas fraudes em seis licitações. Esses documentos foram apreendidos no dia 4 de julho durante a Operação Linha Cruzada, realizada em parceria com a Polícia Federal nas cidades de São Paulo, Diadema, Hortolândia (SP) e Brasília (DF).
Também na sexta, reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” informou que a empresa alemã Siemens, uma das que fazem parte do suposto esquema, apresentou ao Cade documentos em que afirma que o governo de São Paulo sabia e deu aval à formação de um cartel. O secretário chefe da Casa Civil do governo de São Paulo, Edson Aparecido, disse que o governo nega ligação com o suposto cartel em licitações do Metrô.
Os R$ 577 milhões de superfaturamento apontados pelo “Estado de S. Paulo” se referem a cinco licitações em que atuou o suposto cartel: para o fornecimento de material para a Linha 2-Verde do Metrô no trecho Ana Rosa-Ipiranga; para a Linha 5-Lilás no trecho Largo 13-Santo Amaro; para a manutenção dos trens s2000, s2100 e s3000; para a manutenção de trens do projeto Boa Viagem e para a manutenção de trens do Distrito Federal.
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