1. Golpe militar derruba o presidente Morsi, do Egito
[titulo id=1]
[saibamais leia]
[/saibamais]
O chefe das Forças Armadas do Egito, general Abdul Fattah al-Sisi, anunciou a suspensão da Constituição e a convocação de novas eleições presidenciais. O país será comandado internamente pelo chefe da Suprema Corte de Justiça. Morsi está afastado.
Logo após o pronunciamento de Sisi, manifestantes reunidos na Praça Tahrir, no Cairo — palco dos protestos que levaram em 2011 à renúncia do ex-presidente do Egito, Hosni Mubarak -, comemoram a saída de Morsi.
Em uma nota, a presidência egípcia classificou o evento como anúncio um “golpe militar”, que deve ser rejeitado por “por todas as pessoas livres” do país, “aquelas que lutaram por uma sociedade democrática e civil.”
“Morsi, na posição de presidente e comandante supremo das Forças Armadas, pede a todos os cidadãos – civis ou militares – que respeitem a constituição e não respondam a este golpe.” Desde que Morsi assumiu, o descontentamento aumentou gradativamente no Egito.
Parte da população dizia-se insatisfeita com as mudanças ocorridas durante o período pós-revolucionário e acusou a Irmandade Muçulmana ─ o partido do presidente ─ de tentar proteger seus próprios interesses.
“Esse presidente está ameaçando seu próprio povo. Nós não o consideramos presidente do Egito”, afirmou Mohammed Abdelaziz, líder do Tamarod (o grupo mais poderoso por trás das manifestações).
No entanto, Morsi e a Irmandade Muçulmana ainda tinham apoio popular, e ambos os lados levaram às ruas um grande número de manifestantes nos últimos dias.
Na quarta-feira, houve focos de violência em várias partes da capital: no mais violento deles, 16 pessoas foram mortas e cerca de 200 ficaram feridas na Universidade do Cairo, em Giza.
Desde o domingo, o saldo de mortos já chega a 39 pessoas. A notícia da queda de Morsi foi recebida com festa e fogos de artifício.
[final]