1. MPL anuncia que não convocará novos protestos em SP por causa de infiltração conservadora
[titulo id=1]
[saibamais leia]
[/saibamais]
O Movimento Passe Livre (MPL), que liderou sete protestos contra o reajuste da tarifa de transporte público em São Paulo desde o dia 6 de junho, não convocará novas manifestações na capital paulista, segundo anunciaram nesta sexta-feira (21) integrantes do MPL.
A decidão se deveu à participação de ativistas de causas não apoiadas pelo grupo, como a criminalização do aborto e redução da maioridade penal.
De acordo com o integrante do MPL Rafael Siqueira, o grupo não é contra a participação de partidos políticos.
No entanto, nos últimos atos, o MPL considera que surgiram pessoas com objetivos conservadores, incompatíveis com o pensamento do Passe Livre, como representantes do neofascismo.
Segundo Siqueira, o MPL em São Paulo deverá suspender todas as convocações para decidir o futuro de suas reivindicações.
“A suspensão de novos atos é por dois motivos simples. A gente vai ter que analisar e fazer uma reflexão profunda com as pessoas que são aliadas da gente na luta contra o aumento de que atitude tomar. Nada é feito por acaso. A segunda coisa é que muita gente da direita, com pautas de que a gente discorda totalmente, está se aproveitando dos atos.”
No protesto desta quinta-feira (20), manifestantes do PT foram hostilizados por participantes da passeata que não queriam a presença de partidos no ato.
Em nota em sua página no Facebook, o Passe Livre, que afirma ser “um movimento social apartidário, mas não antipartidário”, repudiou os “atos de violência direcionados a essas organizações durante a manifestação (de quinta), da mesma maneira que repudiamos a violência policial”.
O texto ainda diz: “Desde os primeiros protestos, essas organizações tomaram parte na mobilização. Oportunismo é tentar excluí-las da luta que construímos juntos.”
[final]