10. Mulheres combatem assédio sexual com ajuda da internet
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DW
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“Eu estava simplesmente andando pela rua, como qualquer pessoa, e de repente notei que alguém passava a mão no meu traseiro. Um garoto abusado que ia passando de bicicleta me pegou no bumbum e ficou rindo.” Uma história que soa inofensiva – sobretudo em comparação com os brutais casos de estupro de que se tem tido notícia.
Mas as vítimas veem a questão de modo diferente. O assédio diário nas ruas – o termo inglês é street harassment – é tudo, menos inofensivo. Para os ativistas da iniciativa Hollaback! (Berra de volta!), trata-se até mesmo de “um crime preparatório, que normaliza e torna possível outras formas de ‘violência de gêneros'”.
A rede internacional contra o assédio em público foi criada em 2005 nos Estados Unidos. Hoje, ela está ativa em 62 cidades de 25 países. Nos sites locais do Hollaback! as mulheres podem registrar os incidentes anonimamente, partilhando assim com outras as suas vivências de assédio.
A gama das formas de abuso é ampla: começa com insinuações sexuais, passa por exibicionismo e masturbação em público, e vai até agressões físicas severas. “Para muitas, é um alívio poder falar sobre o assunto sem censura e sem tabus: aí as mulheres não se sentem mais sozinhas”, diz Julia Brilling, cofundadora do Hollaback! de Berlim.
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