10. Traficantes usam métodos cada vez mais inusitados para esconder drogas
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Em 2012, 57 milhões de passageiros passaram pelo Aeroporto de Frankfurt, o maior da Alemanha, onde mais de mil aterrissagens e decolagens acontecem diariamente.
É em meio a essa agitação que os traficantes de drogas esperam que o contrabando passe despercebido.
Por causa disso, o Aeroporto de Frankfurt é considerado um dos principais centros de ingresso de drogas na Europa.
Cada semana, no controle de passageiros e cargas, são feitas descobertas que nem mesmo os funcionários mais experientes poderiam imaginar.
“Nada mais nos surpreende”, diz Stephan Bischof, que trabalha há 35 anos no aeroporto e dirige o grupo de monitoramento de cargas na alfândega.
Bischof conta que ele e seus colegas já vivenciaram histórias bizarras e descobriram os esconderijos mais curiosos.
Ele relembra o caso de uma brasileira.
Ela já estava deixando o controle pessoal e de bagagem de mão quando a calça jeans que ela usava chamou a atenção por parecer rígida demais.
A passageira foi examinada de novo, desta vez com o uso de um produto usado para a detecção de drogas em superfícies.
O resultado foi positivo.
“A cocaína foi dissolvida e impregnada na roupa”, diz Bischof.
O jeans é muito usado nesse método porque se adapta melhor a um peso e rigidez maiores. “Mas isso é perceptível pelo toque.”
Olhos bem treinados também são suficientes.
Por essa razão, no Aeroporto de Frankfurt trabalham quase que exclusivamente funcionários com longa experiência.
No caso da calça da brasileira, foram retirados oito quilos de cocaína. O valor de mercado: 400 mil euros.
Os traficantes apelam repetidamente à compaixão dos controladores. Assim, já apareceram pessoas em cadeira de rodas (que haviam escondido a droga nos pneus) ou que colocaram a droga dentro de uma prótese da perna.
“É cada vez mais descarado”, diz Bischof, balançando a cabeça.
O método mais popular continua sendo esconder drogas em todo tipo de produto imaginável: comprimidos, absorventes femininos, verduras e até mesmo insetos.
Bischof lembra o caso de um passageiro que carregava consigo uma bola de boliche, e que supostamente participaria de uma competição.
“Ele chamou a nossa atenção porque não sabia segurar corretamente a bola.”
Ela estava, claro, recheada de drogas.
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