2. “É difícil distinguir o baderneiro do manifestante”
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Mais de um mês após o início dos protestos no Rio, o chefe de Planejamento e Instrução do Batalhão de Choque da Polícia Militar, Giancarlo Sanches, disse nesta sexta-feira que “é uma questão muito complicada diferenciar o baderneiro da pessoa que está legitimamente se manifestando”.
No Centro de Comando e Controle da Secretaria de Segurança, interrompida pelo porta-voz da PM, Sanches reconheceu que a tropa não atuou para impedir depredações após a manifestação de quarta-feira, 17, nas imediações da rua onde mora o governador Sérgio Cabral (PMDB), no Leblon, zona sul, que terminou em confronto.
“Estávamos esperando que houvesse realmente uma depredação do local para que pudéssemos agir”, declarou. Quando perguntado por que isso só ocorreu cerca de duas horas depois, o porta-voz da PM, Frederico Caldas, interrompeu a entrevista dizendo que Sanches “não é a pessoa adequada para responder”. Caldas havia indicado o capitão para falar sobre o encontro que ocorreu no local para avaliar o treinamento da tropa de Choque.
Na quarta-feira, o batalhão recuou após o primeiro enfrentamento e só protegeu das depredações e saques o quarteirão do prédio onde mora o governador. A atuação do Choque já foi criticada pela Anistia Internacional por realizar ataques indiscriminados contra manifestantes, moradores, frequentadores de bares e até casas de saúde na repressão a manifestantes.
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