2. Francisco chega, abençoa fiel e vai de papamóvel ao centro do Rio
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Após ser recepcionado no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) pela presidente da República, Dilma Rousseff, pelo governador do Estado, Sérgio Cabral, e pelo prefeito da capital, Eduardo Paes, entre outras autoridades, o papa Francisco deixou o terminal, que fica na Ilha do Governador (zona norte), em direção a seu primeiro tour pelo centro da capital fluminense.
Da Base Aérea do Galeão, Francisco seguiu em carro fechado até a Catedral Metropolitana de São Sebastião, no centro da cidade. O veículo que transporta o pontífice é um Fiat Idea, de cor prata. No banco traseiro, Francisco manteve a janela do carro totalmente aberta na maior parte do tempo.
Na avenida Presidente Vargas, já no centro do Rio, o carro com o papa estacionou para que o pontífice cumprimentasse fiéis que o cercavam. Muitos conseguiram tocar no pontífice, enquanto seguranças se desdobravam para evitar o contato, que não estava previsto.
Ao longo do percurso, cinco carros e duas motos escoltaram o carro que levava o papa, que circulou pela linha Vermelha e passou ao lado do complexo de favelas da Maré, na zona norte.
Um coral com crianças e jovens de três paróquias do Rio saudou o líder maior da Igreja Católica com o hino da atual edição da Jornada Mundial da Juventude. Depois, cantaram uma música, em português, espanhol e inglês, com o refrão “Abençoa, abençoa, abençoa este povo que te ama, abençoa, abençoa, papa Francisco o teu povo abençoa”. O papa agradeceu o coral, que em seguida cantou a marchinha “Cidade Maravilhosa”.
Um grupo de manifestantes feministas descobriu os seios. Foram vaiadas pelos peregrinos — e também os vaiaram.
A primeira viagem do papa Francisco começou por volta das 9h (4h de Brasília) desta segunda-feira (22). O voo partiu de Roma com direção ao Rio de Janeiro –onde o pontífice presidirá a 28ª Jornada Mundial da Juventude.
Cerca de 10 mil pessoas o aguardavam na Catedral Metropolitana do Rio.
A aposentada Lorena Tiago, 74, chegou ao local às 13h, e espera conseguir ver o papa. “Vim preparada para ficar até a hora que ele passar. Trouxe água e biscoito cream cracker, que é neutro e não enjoa”, conta ela, que viu o Papa João Paulo 2º, em 1987, passando de papamóvel no Maracanã. “Vi pertinho. Foi emocionante. Gosto muito do papa Francisco, ele é muito cativante. Acho que ele é o futuro da nossa religião, que andava meio caída. Ele vai fazer com que esses jovens renasçam o catolicismo.”
Entre as milhares de pessoas que esperam o papa, uma delas poderá vê-lo pela segunda vez. A irmã Maria José, 72, da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, no Brooklin, em São Paulo, esteve com Francisco em março, dias depois da eleição, no Vaticano.
Ela, que é fundadora do Instituto Irmãs Carmelitas Mensageiras do Espírito Santo, contou que faz um trabalho em comunhão com um lar próximo à residência onde mora o papa. “Eu e outra irmã fomos colocar flores na frente da residência e nos surpreendemos quando abriram a porta. O papa mandou deixarem a gente entrar e agradeceu as flores. Eu beijei a mão dele duas vezes”, contou, emocionada. “A perna tremia, perdi a voz. Não consegui falar nada, nem meu nome.”
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