2. Após atraso e polêmica, Maracanã é reaberto
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BBC
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Após mais de dois anos em obras, o Estádio Mário Filho, mais conhecido como Maracanã, foi reaberto na noite deste sábado com um show de artistas brasileiros seguido por um jogo entre amigos dos ex-jogadores Bebeto e Ronaldo.
A partida, exclusiva para convidados e operários que trabalharam na reforma do estádio, foi considerada o primeiro evento-teste do Maracanã, que será entregue à Fifa oficialmente no próximo dia 24 de maio.
O jogo terminou com o placar de 8 a 5 para os amigos do Ronaldo.
O clima era de festa no entorno do estádio. Porém, do lado de fora, manifestantes fizeram um protesto, carregando faixas com frases como “O Maracanã é nosso”.
Ao final do primeiro tempo, o ex-jogador Ronaldo e atual integrante do Comitê Organizador Local (COL) da Copa de 2014, comentou a reforma.
“O gramado está maravilhoso. A bola está correndo igual a campo de futebol europeu. É uma honra estar aqui nesse momento. O Maracanã é um símbolo do Brasil”, disse Ronaldo.
Cerca de 27 mil pessoas participaram do evento deste sábado, número equivalente a 30% da capacidade total do novo Maracanã, de 78.639 pessoas.
A reinauguração do estádio contou com a presença da presidente Dilma Rousseff, que chegou ao local depois da 18h, a convite do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participou do evento de reabertura.
Cercada de polêmicas, a reforma, que tem índice de conclusão de 97% (faltam catracas e bilheterias, além de retoques na área externa), custou 859,5 milhões de reais. A previsão oficial era de R$ 705 milhões.
O redesenho do Maracanã, que começou em agosto de 2010, foi bancado inteiramente por recursos públicos e realizado pelas construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez.
No início deste mês, foi feita uma licitação para definir quem administrará pelos próximos 35 anos não só Maracanã, mas também o Ginásio Gilberto Cardoso, conhecido como Maracanãzinho, e as áreas do entorno, que compõem o chamado Complexo Maracanã.
Apesar de os envelopes com os valores ofertados já terem sido abertos, o vencedor ainda não foi revelado.
Dois consórcios disputam: o Maracanã S/A, formado pelas empresas brasileiras IMX, Odebrecht e Andrade Gutierrez, e o Complexo Esportivo e Cultural do Rio, composto pela brasileira OAS, a holandesa Stadion Amsterdam e a francesa Lagardère Unlimited.
Houve críticas porque uma das empresas interessadas na licitação, a IMX, do empresário Eike Batista, foi encarregada de realizar o estudo de viabilidade econômica do complexo.
Segundo o levantamento, os lucros do vencedor da licitação podem chegar a R$ 1,4 bilhão durante o período da concessão.
A concessionária terá o direito de explorar economicamente o Maracanã e o Maracanãzinho, realizar atividades comerciais nas áreas do entorno do estádio, além de poder explorar e licenciar a marca Macaranã.
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