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2. Mães terenas se dirigem a Dilma, “mãe de todos os brasileiros”

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Unisinos

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As mães dos índios terenas enviaram uma carta aberta à presidenta Dilma nesta final de semana.

Elas chamaram Dilma de “mães de todos os brasileiros”, e disseram que é seu dever cuidar de todos os filhos, “ricos e pobres, índios e não índios”.

Só que isso não está acontecendo, segundo elas. “O que estamos vendo é o massacre dos nossos filhos pelas forças públicas comandadas pela mãe. Em vez de nos proteger, ela fecha os olhos para não enxergar o nosso sofrimento e tapa os ouvidos para não escutar nossos gritos e lamentos. Que mãe é essa que aconchega os fortes e assassina os fracos?”

Ainda no final de semana, Dilma orientou seus auxiliares a agir rápido e iniciar uma operação de “pacificação” nas regiões de conflitos entre indígenas e produtores rurais em Mato Grosso do Sul.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, vão articular acordos, a partir de hoje, para suspender temporariamente ações de reintegração de posse em áreas conflagradas.

O governo concluiu que a rapidez na ação de desocupação nas fazendas Cambará e Buriti, em Sidrolândia (MS), foi ruim e teme que o fato possa se repetir.

Um índio terena de 35 anos morreu na ação na quinta-feira. Dilma disse aos ministros estar “chocada” com a morte.

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, vai se reunir com o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), d. Raimundo Damasceno, para pedir ajuda da Igreja para tentar acalmar os ânimos dos índios.

As ações dos ministros foram definidas a partir da reunião de emergência com Dilma, quando foi feito um balanço da situação de conflitos indígenas não só em Mato Grosso do Sul, mas por todo o País.
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