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2. Ruralistas falam em ‘guerra civil’ com índios

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Unisinos

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deOs ruralistas no Congresso Nacional articulam um movimento nacional de paralisação para o próximo dia 14.

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) encaminhou uma solicitação nesse sentido a todas as federações de agricultura de Estados em que há conflitos com indígenas.

Os ruralistas alertam para a possibilidade de uma guerra civil envolvendo produtores rurais e indígenas no país e afirmam que há interesses econômicos por trás das demarcações de áreas indígenas, em especial relacionados à mineração.

“O que tem na parte de cima dessas terras não é nada perto do que tem embaixo. Há muitos interesses por trás disso, muito ouro, muita região de garimpo”, afirma o líder da FP, o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), ex-prefeito de Sinop (MT).

Segundo ele, praticamente nenhum indígena hoje vive da pesca e da caça. “É tudo massa de manobra. O governo dá passagem para eles fazerem manifestação. Tudo culpa do [Secretário-Geral da Presidência] Gilberto Carvalho, que tentar formar uma opinião no Brasil que é uma opinião dele.”

“O governo não tem o direito de transformar o Brasil em uma nação indígena. Principalmente em uma área que é um cinturão agrícola. Não dá para ser uma grande reserva indígena e ao mesmo tempo uma potência agrícola”, afirma Leitão.

O principal alvo de críticas dos ruralistas é a Funai. A fundação, acusada de ter uma gestão problemática, tem orçamento de R$ 609 milhões previstos para este ano.

É mais do que o dobro do que a Funai recebeu nos últimos cinco anos.

Apesar do volume de recursos, a Funai dispõe de apenas 17 funcionários para cuidar de assuntos relacionados a licenciamento ambiental de empreendimentos de infraestrutura que atinjam, de alguma forma, terras indígenas.

Ao todo, a fundação tem 2.958 processos de licenciamento ambiental em trâmite na coordenação-geral.
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