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2. Tamarod: o movimento por trás da saída do presidente do Egito

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BBC

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Tamarod é o novo movimento popular de protesto no Egito, que está por trás das recentes manifestações nacionais contra o governo do presidente Mohammed Morsi, um ano após ele ter assumido o poder.

O grupo, cujo nome significa “rebelde” em árabe, afirma ter obtido 22 milhões de assinaturas pedindo a renúncia de Morsi e a convocação de eleições presidenciais antecipadas.

Após as grandes manifestações de domingo, que levaram milhões de pessoas às ruas de Cairo e de outras cidades, o Tamarod deu ao presidente um ultimato para renunciar até 17h desta terça-feira (15h GMT) ou enfrentar uma campanha de “completa desobediência civil”.

O movimento pediu que “instituições do Estado, incluindo o Exército, a polícia e o Judiciário, claramente se alinhem à vontade popular representada pelos multidões”.

O Tamarod também rejeitou recentes ofertas de diálogo feitas pelo presidente.

Em um comunicado, o movimento afirmou: “Não há como aceitar meias medidas. Não há outra alternativa a não ser o fim pacífico do mandato da Irmandade Muçulmana e de seu representante, Mohammed Morsi”.

Muitos dos manifestantes acusam o presidente de colocar os interesses da Irmandade Muçulmana, o poderoso movimento islâmico ao qual ele pertence, acima do país como um todo. Seus correligionários negam a acusação.

Os itens da petição do Tamarod:

A segurança não foi retomada desde a revolução de 2011
Os pobres não têm um lugar na sociedade
O governo teve de “suplicar” ao Fundo Monetário Internacional (FMI) por um empréstimo de US$ 4,8 bilhões (cerca de R$ 10,7 bilhões) para sanar as finanças públicas
Não houve justiça para pessoas mortas por forças de segurança durante o levante e os protestos antigovernamentais desde então
Não há tratamento digno para os egípcios ou para seu país
O Egito está seguindo a cartilha dos Estados Unidos
Os ativistas do Tamarod rapidamente se tornaram uma cara familiar nas ruas egípcias, frequentemente bloqueando o trânsito para entregar petições.

O grupo também coletou assinaturas em seu site, bem como por Facebook e Twitter.
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