20 brasileiros procurados pela Interpol, além de Pizzolato
Existem basicamente dois grupos de brasileiros procurados pela Interpol, a polícia internacional presente em 190 países do globo: o daqueles condenados aqui mesmo e dos brasileiros que respondem a acusações ou foram considerados culpados em outros países. A situação de cada um é diferente.
O primeiro caso é o do novato da lista, Henrique Pizzolato. Ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, o petista foi condenado no julgamento do mensalão e fugiu para o exterior. Para a Itália, mais especificamente. Está, oficialmente, foragido.
Normalmente, se um brasileiro é condenado aqui e depois encontrado lá fora, a Interpol o envia de volta sem muitas delongas. Foi o que aconteceu com o banqueiro Salvatore Cacciola, em 2008.
Esta situação é a inversa do segundo grupo, exemplificado no caso do deputado federal Paulo Maluf, que responde a processo nos Estados Unidos. No Brasil, onde nenhum de suas ações transitou em julgado (chegou ao fim), ele trabalha e vive normalmente.
Se ele pisar fora do país, no entanto, a Interpol o enviaria aos EUA, que incluíram seu nome na lista de difusão vermelha da organização para que responda a acusações por lá (relacionadas a desvios de dinheiro público no Brasil).
Tudo isso porque os países agem sob um mesmo princípio: não se extradita o próprio cidadão (com poucas exceções). Quer dizer que Maluf não será enviado pelo Brasil aos EUA. Se for encontrado em outro país, no entanto, a máxima não valeria.
É aí que Pizzolato garantiu sua segurança ao deixar o território nacional: ele deveria ser extraditado, mas não será – tem cidadania italiana.
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