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Promotora que investiga assassinato de Marielle no Rio é bolsonarista

A bolsonarista em dois momentos: com a camiseta de campanha e na coletiva para isentar Bolsonaro

Estão circulando na internet fotos que evidenciam a ligação de uma das promotoras que investigam o caso Marielle com o bolsonarismo. É Carmen Eliza Bastos de Carvalho, que ontem deu entrevista em nome do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro para desmentir o porteiro que contou à Polícia que Bolsonaro autorizou a entrada de um dos assassinos de Marielle Franco no condomínio Vivendas da Barra, horas antes do crime.

Em uma das fotos, ela aparece com a camiseta de campanha de Jair Bolsonaro. Em outra, está com o deputado estadual Rodrigo Amorim, aquele que quebrou a placa de Marielle e a exibe como troféu em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.

A promotora também postou foto do discurso de posse de Bolsonaro e disse que nunca havia ficado tão emocionada.

Ela também faz parte de um grupo de promotoras anti-feministas, que inclusive divulgou manifesto para impedir que o Conselho Nacional do Ministério Público defendesse cotas para mulheres no Ministério Público.

É estarrecedor que o Ministério Público mantenha à frente de um caso tão importante como o de Marielle uma promotora tão alinhada a Bolsonaro e às ideia que ele defende.

Desde que o porteiro registrou o nome de Bolsonaro como destino do assassino de Marielle, no dia do crime, ele se tornou suspeito de envolvimento na morte da vereadora, e precisa ser investigado.

Uma bolsonarista não pode estar à frente desse grupo.

É preciso saber como Carmem Carvalho foi parar lá e por que ninguém ainda se deu conta da abominação ética que é sua presença do grupo que realiza as investigações e que tratou de isentar Bolsonaro, antes mesmo de qualquer apuração mais aprofundada, apenas com base em áudios entregues pelo síndico do condomínio onde Bolsonaro, o filho Carlos e o miliciano assumido Ronnie Lessa têm casa.