3. Protestos revelam insatisfação dos brasileiros com a Fifa
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A Fifa não foi esquecida durante a onda de protestos que assola o Brasil.
A população aproveitou a Copa das Confederações para mostrar à entidade máxima do futebol que não está satisfeita com suas determinações e o andamento dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014.
Nas redes sociais circula a hashtag ‘fifadaputa’.
A situação mais extrema aconteceu em Salvador, onde dois ônibus da federação foram apedrejados nesta quinta-feira (20/06) e alguns manifestantes tentaram invadir o hotel onde estavam hospedados funcionários da entidade.
No evento de abertura da Copa das Confederações, no sábado passado, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, foi vaiado no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
“A Fifa se comporta no Brasil como ela vem se comportado em todas as regiões do mundo nas últimas décadas: como chantagista”, afirma o jornalista esportivo Andreas Rüttenauer, do jornal alemão die tageszeitung (taz), de esquerda.
“Cada vez se torna mais claro que a Fifa é uma entidade corrupta, e os países se ajoelham perante essa entidade corrupta”, afirma Rüttenauer.
O anúncio da escolha do Brasil para receber a Copa de 2014 causou alvoroço no país. Mas essa alegria durou pouco.
Quanto mais se aproxima a data do evento, maior a insatisfação de muitos brasileiros.
Quando um país se candidata ao processo de seleção para a realização de uma Copa, ele se submete às regras da Fifa para ser escolhido como sede desse evento.
Também o Brasil, quando se candidatou, sabia que teria de atender a várias exigências, principalmente em relação aos estádios.
Até os nomes das arenas são impostos pela entidade. Por exemplo, ela não usa o nome Mané Garrincha quando se refere ao estádio de Brasília em seu site oficial.
A Fifa é contrária ao antigo nome, pois entende que os estádios devem ter nomes internacionais.
“Estão sendo construídos estádios, sendo realizadas obras viárias, mas não há retorno social. Isso tem gerado muita insatisfação”, diz Benedito Barbosa, do Comitê Popular da Copa de São Paulo.
O secretário-geral da Fifa, Jérome Valcke, chegou a dizer que o Brasil merecia “um chute no traseiro”, em março de 2012, para que as obras andassem mais rápido.
As declarações levaram o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, a afirmar que não desejava mais o secretário como interlocutor da entidade para assuntos relacionados à Copa. Na ocasião, a Fifa pediu desculpas ao governo pela declaração.
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