3. ”Senhor da vida e da morte” encerra carreira sentado no vaso sanitário de sua cela
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Alguns generais morrem em campo de batalha. Outros falecem no leito doméstico, pronunciando supostas frases patrióticas. Alguns morrem assassinados em revoluções, golpes e complôs. Outros caíram do cavalo (sem metáforas) e fraturaram o pescoço.
Mas, até agora, não havia registros de um ex-ditado/general sul-americano que tivesse morrido sentado no vaso sanitário, ao lado do prosaico rolinho de papel higiênico.
J.R. Videla encerrou sua carreira desta última forma, com um óbito digno de entrar nos anais da História.
Videla, que havia tido disenteria na véspera da morte, acordou após uma noite com problemas estomacais e intestinais e sentou-se no vaso. Ali, nesse âmbito, ocorreria o desenlace.
Às 6:40 da manhã, um dos guardas da prisão, em sua recontagem de presos, viu pelo visor da cela que Videla estava sentado no vaso.
Mas, em uma segunda ronda, tempos depois, o guarda percebeu que ele permanecia sobre o vaso, embora reclinado para a frente. Imediatamente, o guarda chamou um médico.
Os dois entraram na sala e perceberam que Videla não tinha pulso. Suas pupilas não reagiam.
Com as calças de seu pijama arriadas, sem o aprumo militar que o caracterizou durante décadas, o todo-poderoso homem da ditadura militar argentina encerrou sua carreira.
[final]