3. Preso motorista que atropelou e matou manifestante em Ribeirão
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Depois de 28 dias foragido, Alexsandro Ichisato de Azevedo foi preso nesta quinta-feira (18), em Bragança Paulista.
O empresário, de 37 anos, atropelou 12 manifestantes em Ribeirão Preto no dia 20 de junho. Uma das vítimas, o estudante Marcos Delefrate, de 18 anos, morreu.
Segundo a Polícia Civil, Alex ficará preso por pelo menos 30 dias, período da prisão temporária, se a defesa não conseguir reverter a decião na Justiça. A polícia não informa onde ele está preso.
Alexsandro estava escondido em uma clínica para dependentes químicos há aproximadamente 10 dias.
Por meio de investigações, policiais da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) descobriram o paradeiro do empresário e solicitaram um mandado de busca e apreensão.
Por volta das 9 horas desta quinta, os policiais chegaram à clínica, na Estrada Ismael Mourão, em Bragança Paulista, e encontraram Alex dormindo.
“Ele não ofereceu resistência nenhuma, estava dormindo na cama. Era uma chácara, espécie de clínica. Segundo ele, estava se tratando do vício de drogas”, afirma o delegado titular da DIG, Paulo Henrique Martins de Castro.
O empresário estava com um carro Mercedes Benz, sem documentação. O veículo foi apreendido, assim como três celulares, 20 dólares e R$ 2.083,50.
“Nós temos que verificar qual foi a participação do dono da chácara. A primeira informação é que seria um conhecido dele. Vamos apurar se ele sabia do ocorrido ou não. Vamos verificar de quem é essa Mercedes e como ele conseguiu esse carro. E se a família ajudou, porque é difícil ele ter permanecido lá sem ajuda de alguém”, diz o delegado.
Segundo a polícia, durante esses 28 dias, Alex esteve em vários municípios do estado de São Paulo.
Um dia depois de o empresário ter matado Marcos Delefrate e atropelado outras 11 pessoas, a Polícia Civil pediu a prisão temporária de Alex.
Esta semana, a polícia encaminhou à Justiça o pedido de prisão preventiva.
Segundo o delegado Paulo Henrique, a prisão temporária de 30 dias começou a contar a partir desta quinta, quando Alex foi preso. “Estamos aguardando a Justiça se manifestar com relação à prisão preventiva”, diz o delegado.
Segundo o promotor Naul Felca, o inquérito policial está sendo avaliado. “São três vertentes que nós temos: não solicitar nada e colocá-lo em liberdade, prorrogar a prisão temporária e decretar a preventiva”, afirma.
O inquérito policial foi concluído esta semana. Alex foi indiciado por homicídio doloso, tentativa de homicídio, lesão corporal, omissão de socorro e fuga do local do acidente.
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